Tripoli: PSDB vai apresentar sugestões de mudanças na reforma da Previdência
O líder do PSDB na Câmara, deputado Ricardo Tripoli (SP), afirmou nesta terça-feira, 28, que o partido vai apresentar sugestões de mudanças no texto da reforma da Previdência. De acordo com o tucano, se elas forem aceitas pelo relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), o número de votos favoráveis à reforma na bancada ampliará “muito”.
“O PSDB tem interesse em ajudar nas reformas. O PSDB estará preparado para dar sua contribuição, desde que boa parcela da sociedade brasileira seja atendida”, declarou Tripoli. O parlamentar afirmou que a reforma da Previdência “é fundamental e importante”, embora, na avaliação dele, o governo Michel Temer tenha demorado a propor a matéria.
Tripoli disse que há um “início de negociação” entre o PSDB e o relator sobre mudanças. Segundo ele, o item mais importante defendido pela bancada é o benefício integral na aposentadoria por invalidez permanente, independente do lugar onde o problema ocorreu. A proposta do governo é para que o benefício só seja integral se o beneficiário sofrer um acidente no local de trabalho.
O líder do PSDB também defendeu mudança na regra de transição para idade mínima, tanto para servidores quanto para os trabalhadores em geral. O tucano, porém, não detalhou qual a sugestão da bancada. Pela proposta do governo, trabalhadores em gerais terão de cumprir uma transição de 20 anos até que a idade mínima de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres) passe a valer.
O parlamentar paulista disse que já fez uma pré-apresentação das propostas do PSDB ao relator durante telefonema na manhã desta terça-feira. Segundo ele, Oliveira Maia se mostrou “disposto” a analisar as sugestões da bancada tucana. “Acho que amplia muito o número de votos na bancada se as propostas forem incorporadas”, afirmou o líder do PSDB.
Tripoli avaliou que, embora o calendário seja apertado, é possível votar os dois turnos da reforma da Previdência na Câmara ainda este ano. A Câmara só tem, na prática, três semanas antes do início do recesso de dezembro. “Com certeza pode ser votada este ano na Câmara, mas não vejo perspectiva de votar no Senado este ano”, declarou o deputado.
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