À TV, Padilha promete dobrar soldo dos professores e rebate denúncias
O candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, Alexandre Padilha, concedeu entrevista de 6 minutos ao programa SPTV 2ª edução, da Rede Globo, nesta quinta.
Padilha falou sobre sua proximidade com Lula e Haddad, educação, polêmicas durante sua gestão como ministro da Saúde, aumento do número de casos de dengue à época e não deixou de reverter, quando pôde, as críticas ao governo de Alckmin, que tenta a reeleição.
Confira o desempenho do candidato abaixo:
Alianças ingratas?
Carlos Tramontina, apresentador do jornal, começou destacando que Padilha foi escanteado da participação de dois eventos na campanha da presidente Dilma, um em Guarulhos, outro em São Paulo.
“Qualquer dúvida sobre isso desapareceu quando nós fizemos as atividades de rua com a presidenta Dilma aqui em São Paulo”, retrucou o petista, que diz ter se reunido com Dilma em reunião com sindicalistas e evento com estudantes no Dia dos Estudantes. “Tivemos na rua com a presidente em Osasco, inclusive, quando comemos um belo cachorro-quente”, afirmou.
“Eu sou o candidato que, desde o começo, defendo o governo da presidenta Dilma, porque ela trouxe mais de 900 mil vagas do Pronatec aqui para o estado de São Paulo e eu vou criar 2 milhões de vagas para o ensino técnico aqui no estado de São Paulo”, prometeu o candidato.
Questionado se a baixa popularidade do prefeito da capital, Fernando Haddad, em seus dois primeiros anos não poderão transferir rejeição dos paulistanos a si, Padilha cita o projeto municipal de fim de aprovação automática nas escolas e diz que fará o mesmo na educação estadual. “Que o aluno tenha o direito de aprender, que tenha prova, que tenha boletim que os pais acompanhe, que tenha sala de reforço e de recuperação, e valorização dos professores”.
Educação
Com isso, o candidato do PT emenda uma ousada promessa: “Nós queremos cumprir a meta do Plano Nacional de Educação, que estabelece que os professores tenham que dobrar o seu salário num prazo de dez anos para que a gente possa atrair as melhores pessoas para dar aula”.
O âncora do SPTV interrogou Padilha, então, sobre por que o programa de governo do petista não aborda a questão da falta de professores. O candidato discorda e garante que em seu site oficial há projeto para a criação do CEU da juventude. “A principal questão para acabar com a falta de professores é pagar bem os professores”, justificou, citando novamente o compromisso de dobrar o salário dos docentes.
Escândalos
Tramontina citou, depois, o escândalo que envolve a empresa Labogen e ocorreu no Ministério da Saúde quando Padilha era ministro. Labogen é uma empresa de fachada que tinha como sócio o doleiro Alberto Yousseff e quase fechou um grande contrato com a pasta.
“Nunca teve contrato dessa empresa com o Ministério da Saúde na minha gestão”, argumenta Padilha, comparando com contratos que a Labogen teria tido com governos anteriores ao presidente Lula e o governo estadual.
O ex-ministro da Saúde garante que as providências tomadas no caso Labogen eram anteriores e não foram motivadas pelas denúncias da imprensa. “Pelos filtros estabelecidos, era impossível que essa empresa tivesse contrato com o ministério, por isso nunca teve”.
“Essa postura que eu quero ter para o estado de São Paulo”, afirmou Padilha. “Combater a corrupção que existe, inclusive no escândalo do metrô e do trem, em São Paulo hoje”, disparou.
Esse mosquito não me pertence
De 2011 a 2013, ainda quando administrava a saúde brasileira, Padilha viu o número de casos de dengue no país praticamente dobrar, morrendo 12 pessoas em São Paulo.
O petista dividiu, na resposta, a responsabilidade com os estados e municípios e citou a “introdução do novo tipo do vírus da dengue”. “Mas reduziu os números de óbitos e de casos graves, porque essa é a ação que (o ministério da) a Saúde pode fazer”, arguiu o ex-ministro.
“Tem uma outra parte da ação, que é saneamento, controle do lixo e resíduos sólidos, que são ações de infraestrutura urbana”, argumentou. “E o governo do Estado tem uma responsabilidade muito grande”, alfinetou. “O que impressiona é que o estado de São Paulo, o mais rico do Brasil, tenha estourado o número de casos de dengue, como estourou neste ano”, atacou.
Nos 30 segundos finais da entrevista, Padilha se dirigiu à câmera e argumentou por que mereceria ser eleito.
Disse Padilha: “(Sou a melhor opção) porque eu represento o melhor projeto para o estado de São Paulo e tenho uma vída íntegra comprometida com ele. Eu saí da periferia de São Paulo para me tornar médico pela USP e pela Unicamp. E quero que todos os jovens de São Paulo tenham essa mesma oportunidade. Fui ministro de Lula, ministro de Dilma, fizemos o “Minha Casa, Minha Vida”, Farmácia Popular, Samu, ProUni, Supersimples e, por isso, mostro que sei melhorar a vida das pessoas e garantir investimento para os empresários. Quero colocar São Paulo no ritmo dos paulistas. É para isso que eu peço o seu voto para uma mudança de verdade”, finaliza.
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