À TV, Skaf critica atrasos de obras de Alckmin e diz que vai estimular conclusão

  • Por Jovem Pan
  • 15/09/2014 13h55
Entrevista dos candidatos ao governo do Estado - Paulo Skaf - Cesar Tralli Globo/ Zé Paulo Cardeal César Tralli fez perguntas duras e interrompeu o candidato Paulo Skaf por diversas vezes durante entrevista

Paulo Skaf (PMDB), candidato ao governo foi entrevistado na tarde desta segunda no programa televisivo SPTV 1ª edição, da Rede Globo.

O apresentador César Tralli começou dizendo que Skaf tem visitado durante a campanha muitas obras e serviços do atual governo. Ele questionou, então, se o caminho novo que o candidato propõe “não é o mesmo que o PSDB tem trilhado há 19 anos”.

Skaf começou a citar obras atrasadas do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta a reeleição, para responder à pergunta. O ex-presidente da Fiesp disse que a previsão para a linha 15 do monotrilho era de ter 25km e foram necessários quatro anos para serem entregues os primeiros 2,9km.

“Não é uma continuidade; tudo o que tiver de projetos e obras iniciadas, nós temos que estimular a conclusão”, defendeu Skaf. “Eu quero fazer menos propagandas e menos promessas e fazer as obras acontecerem”, propagandeou.

Tralli indagou em seguida a necessidade de se criar uma “Secretaria Geral do Povo”, como propõe Skaf. O jornalista da Globo perguntou se as secretarias do Estado já existentes, como a de Segurança Pública, já não são do povo. “Não é uma jogada de marketing puramente eleitoral?”, questionou.

Skaf disse que tem visitado bairros carentes da periferia da capital paulista. “Milhões de pessoas na cidade de São Paulo, e não é dirferente na baixada santista, e não é diferente no interior, moram dentro do esgoto”, constatou. “Será uma equipe focada nesses bairros mais carentes”, justificou.

“Quero uma equipe que vai estar de forma permanente de forma a resolver os problemas nesses locais mais carentes”, defendeu, afirmando que “não existe Estado” nos bolsões de pobreza mencionados.

Uma das principais bandeiras de Skaf é o investimento na educação, que levaria ao fechamento de presídios, projeta. César Tralli interrogou, então, a viabilidade de se fechar prisões, tendo em vista a superlotação das cadeias paulistas.

Skaf citou a Noruega como exemplo e se explicou: “A criminalidade não vai terminar, mas vai diminuir”.

“Eu farei uma revolução na educação no estado de São Paulo”, garantiu o ex-presidente da Fiesp, citando investimentos em “escolas públicas do Estado de São Paulo, Fatecs, Etecs, parcerias com o Senai, o Sesi”.

Outra proposta de Skaf questionada pelo programa de TV foi a da criação de delegacias para mulheres em todas as cidades paulistas com mais de 50 mil habitantes. Tralli interpelou se não vale mais a pena fazer funcionar as delegacias que já existem, uma vez que muitas fecham por falta de delegados, ou assessores.

O peemedebista disse então que é necessário fazer os dois. “É uma vergonha a segurança pública do estado de São Paulo”, assertou Skaf, citando como tem feito os mais de 40 mil casos de estupro registrados nos 3 anos e meio de governo Alckmin. “Vamos ter delegadas mulheres, vamos abrir mais concursos para delegadas mulheres”, prometeu Skaf.

Por fim, Skaf garantiu que não vai cobrar mensalidade de alunos de universidades nem escolas públicas, como teria dito que era necessário na campanha de 2010, de acordo com o apresentador da Globo.

Em seus trinta segundos finais, Skaf disse: “Eu peço 4 anos de confiança. Você já deu 10 anos para o Alckmin, eu peço apenas quatro”. Paulo Skaf conclui afirmando que vai fazer mais em seu possível mandato do que o candidato do PSDB em gestões anteriores.

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