Um dia depois de receber caso, promotor se diz impedido e não vai investigar Queiroz e Flávio Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 05/02/2019 21h39 - Atualizado em 05/02/2019 21h50
Reprodução Ex-assessor do filho do presidente fez movimentações atípicas

O promotor Claudio Calo, do Ministério Público do Rio de Janeiro, abriu mão de investigações relacionadas a relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que envolvem o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e o ex-assessor Fabrício Queiroz.

Ele havia recebido as apurações na segunda-feira (4), mas se declarou impedido nesta terça (5). O caso analisa movimentações financeiras atípicas de Queiroz, que foi assessor de Flávio, então deputado estadual, na Assembleia Legislativa fluminense. Segundo relatório, o ex-assessor movimentou R$ 7 milhões entre os anos de 2014 e 2017.

“Após profunda reflexão jurídica, em respeito à imagem do MP-RJ e às investigações relativas aos relatórios do Coaf, até mesmo diante da repercussão que o episódio vem tendo na mídia, juridicamente entendi ser mais oportuno que a investigação sobre o senador seja conduzida pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal Tabelar”, afirmou.

De acordo nota assinada por ele, a decisão “não se trata de declínio de atribuição”, já que o caso caberia a outra promotoria, mas “trata-se de questão de cunho pessoal”. Flávio Bolsonaro havia requerido foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF), mas o pedido foi negado porque os fatos aconteceram antes da eleição para o Senado.

*Com informações da Agência Brasil

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