Um terço das cidades da Grande São Paulo só terão candidatos a prefeitos brancos
Na capital paulista, por exemplo, todos os dez postulantes ao cargo do Executivo municipal são brancos; Santo André, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, Ribeirão Pires e Salesópolis estão na mesma situação
Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) revelam uma preocupante disparidade racial nas candidaturas às prefeituras da Grande São Paulo para as eleições de outubro. Quase um terço das cidades da região terá apenas candidatos brancos concorrendo aos cargos de prefeito. Das 39 cidades, 13 não possuem candidatos negros ou pardos, incluindo a capital paulista, que conta com 10 candidatos brancos. Outras cidades na mesma situação são Santo André, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, Ribeirão Pires e Salesópolis. Este cenário contrasta fortemente com a composição demográfica da região, onde 45,4% da população se declara preta ou parda.
Além disso, em 15 cidades da Grande São Paulo, há apenas um candidato não branco. Exemplos desses municípios incluem Barueri, Cajamar, Ferraz de Vasconcelos, Rio Grande da Serra e Taboão da Serra. Em 10 cidades, há dois ou mais candidatos não brancos, como Carapicuíba, que tem três candidatos brancos, um preto e um pardo, e Embu-Guaçu, com três pardos, dois brancos, dois pretos e dois indígenas. Francisco Morato é a única cidade da região sem candidatos brancos, apresentando dois pardos e um preto. Quando se analisa o Estado de São Paulo como um todo, a situação não é muito diferente. Apenas 15% das candidaturas são de pessoas negras, enquanto cerca de 40% da população se declara preta ou parda. Em nível nacional, a representatividade é um pouco melhor, com 52% dos candidatos se declarando negros, sendo 41% pardos e 11% pretos. No entanto, 66% dos candidatos ainda são homens, refletindo uma sub-representação de mulheres e negros na política.
*Com informações de Beatriz Manfredini
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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