Uma mulher deve assumir a secretaria nacional da Cultura

  • Por Estadão Conteúdo
  • 16/05/2016 21h26
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Brasília - O presidente interino Michel Temer faz discurso durante cerimônia de posse aos ministros de seu governo, no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasill) Valter Campanato/Agência Brasil - 12/05/2016 O presidente interino Michel Temer faz primeiro pronunciamento oficial durante cerimônia de posse dos ministros de seu governo

Para compensar o desgaste de não ter nomeado nenhuma mulher no seu ministério, o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) anunciou nesta segunda-feira, 17, uma leva de nomeações femininas em cargos chave no segundo escalão.

A ofensiva do governo elevou a pressão para que o ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho (DEM-PE), nomeie uma mulher afinada com a classe artística para ocupar a secretaria nacional de Cultura.

A ideia do titular do MEC é promover uma série de encontros com o setor antes de bater o martelo, mas aliados do ministro reconhecem que não está sendo fácil achar um nome.

O PPS, que esperava indicar o ator Stepan Nercessian, já jogou a toalha. “O PPS não deve indicar o nome. A secretária deve ser uma mulher”, diz o deputado Roberto Freire (SP), presidente da sigla.

Diante da indecisão, um nome circulou entre funcionários do extinto Ministério da Cultura: a atriz Zezé Mota. Mas ela desmentiu. “Estou sabendo pelas mensagens que me mandaram, mas não fui sondada”, afirmou.

Questionada se, em caso de um convite formal, aceitaria ocupar o cargo, disse que “não sofreria por antecipação”. Zezé já foi Conselheira de Direitos Humanos no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e atuou na Superintendência de Igualdade Racial do Rio na gestão de Lula (PT).

A antropóloga cearense Cláudia Leitão, ex-secretaria de economia criativa do MinC disse ter sido sondada, mas negou. Segundo ela, o problema é o fato do MinC ter se tornado um “apêndice” do MEC

Cláudia fez parte da gestão Ana de Holanda, onde chefiou a Secretaria de Economia Criativa, e saiu após a posse de Marta Suplicy. “Eu não poderia aceitar um pedido desses, estão procurando uma mulher como se quisessem dar um prêmio de consolação. Minha militância é pela volta do MinC. Não posso aceitar ser secretária de um extinto MinC”.

Outros nomes ventilados na tarde desta segunda, 16, que teriam negado convites para o MinC são a ex-secretária de Cultura do Rio, Adriana Rattes, e a apresentadora Marília Gabriela.

Em outra frente, Mendonça nomeou secretária executiva do Ministério da Educação a socióloga Maria Helena Guimarães de Castro, que, ao contrário do titular da pasta, tem uma carreira reconhecida na Educação.

O titular do MEC também escolheu a educadora Maria Inês Fini para ser presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), órgão responsável pelo ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). No Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, seguiu a orientação do chefe e nomeou Natalia Marcassa de Souza para o cargo de subchefe de articulação e monitoramento da Casa Civil, um dos cinco cargos principais da pasta.

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