Vale afirma que barragem seguia ‘práticas mundiais’ e estava ‘acima da referência’ brasileira

  • Por Jovem Pan
  • 26/01/2019 11h22
Agência EFE Área atingida por rejeitos da barragem de Brumadinho Barragem da Vale se rompeu em Brumadinho, em Minas Gerais, nesta sexta-feira (25)

A Vale informou, por meio de nota, que a barragem em Brumadinho, Minas Gerais, possuía “Fator de Segurança de acordo com as boas práticas mundiais e acima da referência da Norma Brasileira”. A estrutura se rompeu na tarde desta sexta-feira (25) e matou ao menos nove pessoas, segundo o Corpo de Bombeiros.

“Ambas as declarações de estabilidade mencionadas atestam a segurança física e hidráulica da barragem”, continua o texto. De acordo com a nota, a barragem possuía Declarações de Condição de Estabilidade emitidas pela empresa TUV SUD do Brasil, empresa internacional especializada em Geotecnia, emitidas em 13/06/18 e 26/09/18, referentes aos processos de Revisão Periódica de Segurança de Barragens e Inspeção Regular de Segurança de Barragens.

A Vale informou, ainda, que a barragem passou por inspeções de campo quinzenais, todas reportadas à ANM (Agência Nacional de Mineração) por meio do SIGBM (Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração). A última inspeção cadastrada no sistema da ANM foi executada em 21 de dezembro de 2018.

Construída em 1976, pela Ferteco Mineração — adquirida pela Vale em abril de 2001 –, a barragem em Brumadinho não recebia rejeitos desde 2015, quando se tornou inativa.  Ela tinha 86 metros, e comprimento da crista de 720 metros.

Os rejeitos dispostos ocupavam uma área de 249,5 mil metros quadrados (m²) e o volume disposto era de 11,7 milhões de metros cúbicos (m³). As informações dos instrumentos, segundo a empresa, eram coletadas periodicamente e todos os seus dados analisados pelos geotécnicos responsáveis pela barragem.

De acordo com a nota, a barragem mantinha sistema de vídeo monitoramento, de alerta por meio de sirenes (todas testadas, segundo a mineradora) e cadastramento da população. A Vale informou também que houve uma simulação em 16 de junho de 2018, sob coordenação das Defesas Civis, com total apoio da Vale, e treinamento interno com os funcionários em 23 de outubro do ano passado.

“Diante de todos os pontos descritos acima, estamos ainda buscando respostas para o ocorrido”, encerra o texto.

*Com informações da Agência Brasil

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