Weintraub indica que recursos da Educação serão desbloqueados a partir de setembro
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou nesta sexta-feira (16) que possivelmente os recursos contingenciados das universidades vão ser desbloqueados a partir de setembro.
De acordo com ele, a aprovação da reforma da Previdência cria um ambiente favorável para a retomada da atividade econômica e como consequência o aumento na arrecadação de impostos, o que aliviaria o caixa do governo, permitindo descontingenciar os recursos.
“Desde o primeiro momento a gente falou que contingenciamento não era corte, que a gente ia administrar uma crise herdada por governos passado na boca do caixa e que a previsão era que, caso passasse a reforma da Previdência, provavelmente já em setembro a gente teria um descontingenciamento. Simplesmente eu tô mantendo tudo o que eu estou falando há 120 dias”, disse o ministro.
Reunião com Associação de Reitores
Nesta quinta-feira (15), o ministro se reuniu com reitores da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Na ocasião, Weintraub acenou que o repasse no orçamento das universidades e institutos federais começa a ser revertido a partir do próximo mês.
Na ocasião, a Andifes declarou que o ministro reconheceu que a situação econômica do país exigiu um contingenciamento que limitou as ações no MEC e nas universidades. “Mas disse também que a arrecadação melhor no mês de agosto, junto com o recebimento de dividendos por parte do Governo Federal, permitirá um desbloqueio a partir do mês de setembro”.
Suspensão de novas bolsas de pesquisa do CNPq
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “o Brasil todo está sem dinheiro” e que “os ministros estão apavorados”. Ele fez as declarações ao ser perguntado pela imprensa sobre a decisão do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) de suspender novas bolsas de pesquisa por falta de verbas.
No final do mês de julho, o governo federal oficializou um novo contingenciamento de R$ 1,442 bilhão no Orçamento do país. Entre os ministérios com maiores valores bloqueados estão o da Cidadania (R$ 616,166 milhões) e o da Educação (R$ 348,471 milhões).
O CNPq havia pedido um crédito suplementar de R$ 330 milhões para o Ministério da Economia, mas recebeu “indicações de que não haverá a recomposição integral do orçamento de 2019”. Por isso, suspendeu as bolsas. O órgão quer utilizar o que ainda tem garantido neste ano para cumprir o compromisso com os pesquisadores que têm bolsa vigente.
* Com informações da Agência Brasil
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