A verdadeira aposta por trás do pedido de impeachment contra Gilmar Mendes

Brasília - O ministro Gilmar Mendes foi eleito hoje (7) o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele vai substituir o atual presidente, Dias Toffoli, a partir de maio (José Cruz/Agência Brasil) Gilmar Mendes

Juristas e representantes da esquerda apresentaram nesta terça-feira ao Senado um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.

O grupo acusa o ministro de adotar um “comportamento partidário”. Em votos e declarações públicas Gilmar Mendes tem sido um duro crítico do PT.

Parlamentares observam que um pedido de impeachment calcado em declarações públicas e votos de um ministro tem chances nulas de prosperar. 

Caso o processo seja instaurado no Senado, contudo, Gilmar Mendes se veria impedido de atuar em julgamentos relacionados a integrantes da Casa – como os da Lava Jato. Ele não poderia votar em casos que envolvem seus juízes num caso de impeachment, os Senadores. 

Esse poderia ser o verdadeiro objetivo da ação, e não uma cassação final, observam assessores do STF.

Recentemente, o presidente do Senado Renan Calheiros arquivou um pedido de impeachment contra outro ministro da corte, Ricardo Lewandowski.

A decisão de fatiar a pena de Dilma Rousseff, tomada por Lewandowski, que comandava a sessão de impeachment, motivou o pleito.