Vereador nega ligação com a morte de Marielle e se diz ‘indignado’ com exposição

  • Por Jovem Pan
  • 14/12/2018 12h57 - Atualizado em 14/12/2018 12h58
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ESTEFAN RADOVICZ/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO "Estou revoltado com isso tudo", disse Siciliano

Alvo de um mandado de busca e apreensão na manhã desta sexta-feita (14), o vereador Marcello de Moraes Siciliano (PHS) também esteve na Polícia Civil para prestar depoimento. À imprensa que o aguardava no local, disse que não “sabe o que está acontecendo”. Ele é suspeito de ter ligação com um esquema de grilagem de terras que teria motivado o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Pedro Andrade.

“Fui pego de surpresa. Estou aqui para tomar conhecimento. Estou revoltado com isso tudo e continuo indignado com essa acusação maligna que fizeram a meu respeito”, afirmou.

A assessoria de imprensa do vereador também enviou um áudio a veículos de mídias em que ele nega que tenha qualquer ligação com o caso.

“Continuo indignado com essa exposição toda da minha família. Depois de nove meses, eles não terem nada contra mim, inventarem agora uma operação pela Delegacia do Meio Ambiente, para tentar me incriminar em alguma coisa, para achar um motivo para eu ter feito essa tamanha covardia”, disse.

Em outro trecho, ele diz que não é criminoso e que não tinha qualquer rivalidade com Marielle. “Os votos não batem, a disputa territorial não bate. Não tive voto onde me acusam. As pessoas que me acusam de ligação, eu não tenho. Não tenho ligação com ninguém. Agora estão inventando outro tipo de possibilidade”, completou.

Grilagem de terras

Marielle foi assassinada porque ela poderia atrapalhar a atuação de milicianos na exploração da posse de terras. A revelação foi feita pelo secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Richard Nunes, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

“A milícia atua muito em cima da posse de terra e assim faz a exploração de todos os recursos. E há no Rio, na área oeste, na baixada de Jacarepaguá problemas graves de loteamento, de ocupação de terras”, explicou Nunes. “No momento em que determinada liderança política, membro do legislativo, começa a questionar as relações que se estabelecem naquela comunidade, afeta os interesses daqueles grupos criminosos”, continuou.

Segundo o secretário, Marielle atuava na conscientização das pessoas da região da zona oeste sobre a posse de terra, o que causou “instabilidade”.

*Com informações de Agência Brasil e Estadão Conteúdo

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