Tuma vê ‘imensa maioria’ dos vereadores a favor de redução de 30% nos próprios salários

  • Por Jovem Pan
  • 23/04/2020 11h57 - Atualizado em 23/04/2020 12h06
Divulgação Tuma deixou claro que o projeto não interfere no salário de servidores municipais como professores ou guardas civis metropolitanos, por exemplo

A Câmara Municipal de São Paulo vota nesta quinta-feira (23) um projeto que prevê a redução de 30% nos salários dos vereadores da capital paulista. Também na pauta estão previstos cortes de 30% no auxílio das verbas de gabinete e 20% do salário dos assessores.

O presidente da Casa, Eduardo Tuma, disse, em entrevista à Jovem Pan, acreditar no exito da votação. Ele foi um dos signatários da medida e se posiciona “absolutamente favorável”. Segundo ele, uma “imensa maioria” dos vereadores aceitou a proposta.

Tuma deixou claro que o projeto não interfere no salário de servidores municipais como professores ou guardas civis metropolitanos, por exemplo. “A Casa não vai deliberar sobre esse assunto. Estamos sendo responsáveis e olhando para nós mesmos, ainda que não seja uma medida benéfica e que corte na nossa própria carne.”

Impacto financeiro

De acordo com Eduardo Tuma, a medida prevê o corte até o fim do decreto de calamidade na cidade de São Paulo em decorrência do novo coronavírus. Mensalmente, o impacto no orçamento é de quase R$ 4 milhões por mês. Se durar até dezembro, esse valor sobe, no total, para mais de R$ 30 milhões.

Ele explicou que o orçamento da Câmara Municipal parte do Tesouro, então todo o dinheiro economizado volta para a Prefeitura. “A Câmara indica como o dinheiro pode ser gasto, nesse caso seria para a Saúde e para a Assistência Social. Mas é o executivo municipal que destina as verbas”, disse.

Tuma ainda afirmou que, de qualquer forma, a Câmara fiscaliza as ações da Prefeitura como função primária através de comissões permanentes — que continuam trabalhando inclusive em meio à pandemia.

“A Câmara Municipal de São Paulo é a primeira casa legislativa do país a colocar um projeto assim em pauta. Estamos respondendo a um anseio da própria população. As pessoas estão fazendo filas nos bancos para receber R$ 600, nada mais justo do que cortarmos nosso salário”, finalizou Eduardo Tuma.

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