Vigilância Sanitária fiscaliza indústrias de água mineral no Rio
Operação foi organizada após o aumento expressivo do consumo na cidade por problemas no fornecimento da Cedae
A Subsecretaria de Vigilância Sanitária do município do Rio de Janeiro deu sequência nesta quinta-feira (6) às ações de prevenção de riscos à saúde voltadas ao consumo de água mineral. Fiscais do órgão inspecionaram as indústrias de água mineral em funcionamento na capital fluminense, com o apoio de equipes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), da Guarda Municipal e da Polícia Militar.
Na Paradiso Aqua Fresh, em Sulacap, zona oeste, as equipes avaliaram as condições das fontes e fizeram a coleta de amostras para análise, além de acompanhar o processo de envase. Os técnicos também fiscalizaram o acondicionamento dos galões nos caminhões para a distribuição ao comércio, conferindo se os veículos estão licenciados pela vigilância e como é feito o transporte, o que exige cobertura para proteger o produto do calor e evitar contaminação.
Conforme a Vigilância Sanitária, em duas horas de operação, os fiscais inspecionaram 12 veículos, sendo três da empresa e nove terceirizados. Do total, 11 não tinham licença e em dois faltava a proteção à carga.
A vistoria prossegue em depósitos, na área de lavagem, na recepção dos galões e no processo de preenchimento e lacre das embalagens.
Segundo o superintendente de Educação da Vigilância, médico veterinário Flávio Graça, a operação tem foco preventivo e foi organizada após o aumento expressivo do consumo de água mineral na cidade, que pode resultar em problemas no processo de envase. “O aumento da demanda também favorece o transporte irregular”, alertou.
De acordo com a Vigilância Sanitária, as amostras serão levadas para o Laboratório Municipal de Saúde Pública (Lasp).
Crise no fornecimento
No Rio, moradores enfrentam uma verdadeira crise no fornecimento e no abastecimento de água. Primeiro, a água da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) saía das torneiras de casas e estabelecimentos comerciais com cheiro e gosto de barro. Esta semana, para agravar a crise, foi encontrado detergente na água.
Segundo a Cedae, dois procedimentos investigativos internos foram abertos desde o início da crise para verificar o aparecimento da geosmina e a turbidez. A companhia não informou o prazo, mas destacou que a conclusão será encaminhada à Polícia Civil, que abriu inquérito sobre o caso.
* Com informações da Agência Brasil
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