Volta de Dilma à presidência “seria uma zebra”, avalia cientista político
A poucos dias do início da fase final do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, especialistas apontam a dificuldade da petista manter-se no poder.
Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o cientista político Rafael Cortez destacou que a permanência de Dilma “seria uma zebra” e que a participação dela em sua defesa no Senado seria importante para uma avaliação da situação.
Cortez ressaltou que a presidente se afastou do campo político, inclusive de seu partido, quando propôs a convocação de um plebiscito para novas eleições e o PT não demonstrou apoio. “Talvez o momento mais marcante”, disse.
Enquanto Dilma se prepara para a defesa no Senado, PSDB e PMDB unem forças para a continuidade do mandato de Michel Temer. Para o cientista político, a relação entre as duas legendas será a chave para o peemedebista. “Eu diria que é muito mais um namoro que um casamento”, ponderou.
Já visualizando as eleições presidenciais em 2018, Rafael Cortez crê que a capacidade do PT se reerguer ainda este ano seria pouco provável e que daqui dois anos, a disputa ainda será difícil.
“Eventual sucesso de Temer é pouco provável que PT tenha candidato forte em 2018 (…) Em quadro que Lula esteja fora de eleições de 2018, acho pouco provável que a legenda ache um nome competitivo”, finalizou.
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