Volta de Dilma seria “decretar a falência do estado brasileiro”, aponta Simone Tebet
Dilma Rousseff destacou diversas vezes em seu discurso no Plenário e também nas respostas aos senadores no julgamento do Senado nesta segunda-feira (29) que seu afastamento é um golpe. A senadora Simone Tebet (PMDB-MS), porém, fez questão de explicar, em conversa exclusiva com o repórter da Jovem Pan Marcelo Mattos que, nos termos constitucionais, não se trata disso.
“Concordando ou não, quem diz o que é certo no Brasil é o Supremo Tribunal Federal (STF) e, nos termos constitucionais, não se trata de um golpe de estado”, destacou.
Após esta colocação, a senadora apontou alguns questionamentos relevantes: “o crime de responsabilidade é suficiente para fazer com que ela perca o mandato? Como admitiríamos a volta de Dilma num momento de crise como este?”
A principal definição para Tebet é que a volta de Dilma Rousseff neste momento, sem conseguir votar um único projeto, seria “decretar a falência do estado brasileiro”.
Tempo de julgamento
Com 51 senadores inscritos para questionar a presidente afastada, o julgamento pode se arrastar pela madrugada, com previsão de término do processo apenas na quarta-feira (31) pela manhã.
A senadora Simone Tebet criticou a demora de Dilma ao responder os questionamentos e pediu mais objetividade para a petista. “Infelizmente a presidente poderia ser mais insisiva nas respostas. Diante desta toada, se ela não diminuir o tempo não terminamos antes das 2h [de terça-feira].
A votação final, prevista para o final desta terça-feira (30), pode ser finalizada apenas as 5h da manhã de quarta-feira, já que cada senador tem até 10 minutos para justificar o voto. “Se participarem 68 senadores, já são 680 minutos, mais as pausas de duas horas”, reforçou.
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