Votação da inabilitação rasgou a Constituição, analisa Álvaro Dias (PV-PR)
Líder do PV, o senador Álvaro Dias votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff – aprovado com 61 votos a 20, e também a favor da retirada de direitos políticos da petista – que acabaram, no entanto, esendo mantidos.
Em entrevista exclusiva ao repórter José Maria Trindade, Dias disse que o resultado da segunda votação foi inesperado e rasgou a Constituição. “Não cogitei em nenhum momento, até porque é inconstitucional. Lamentamos que tenha sido praticada”, relatou.
O senador ainda explicou que a perda do mandato vem junto com a perda dos direitos políticos, e que essa manobra cria “precedente perigoso”. Ela pode ser invocada na Câmara dos Deputados por Eduardo Cunha, que pode ter o mandato cassado no dia 12 de setembro.
“Tivemos talvez um gesto de generosidade de quem usou e abusou do Governo nesses anos, e pulou do barco quando estava afundando”, analisou.
A posição da bancada peemedebista ao votar a favor da manutenção dos direitos políticos de Dilma, segundo ele, revela uma falta de unidade, uma rachadura que terá consequência políticas. Temer, disse Dias, terá dificuldades com a base.
O líder do PV afirmou que o partido manterá posição de independência do partido desde a posse como interino será mantida: “vamos apoiar as medidas corretas, mas apontando erros e equívocos”.
“Lamento que a comemoração daqueles que defendiam mudança para valer no País não possa ser completa, mas de qualquer maneira há avanços e esperamos que possa recuperar a economia”, concluiu.
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