Onyx diz que ministros usam Whatsapp para falar com Bolsonaro, mas garante ‘zero preocupação’
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou, nesta quinta-feira (25), que tanto ele como os outros ministros do presidente Jair Bolsonaro (PSL) usam o aplicativo de mensagens WhatsApp “regularmente” para se comunicarem. Questionado sobre a possibilidade de mudar o procedimento após os celulares de alguns dos ministros, procuradores e do próprio presidente terem sido hackeados, Onyx negou.
“O Whatsapp a gente usa regularmente, quase todos [os ministros]. Até porque é [o aplicativo] mais usado por toda a sociedade. Não tem nenhuma medida até o presente momento de alteração da rotina”, disse, acrescentando que não teme divulgações de conteúdo. “Zero de preocupação.”
Ele ressaltou, no entanto, que pode haver alguma mudança de protocolo na próxima semana. “Teremos reunião ministerial na próxima terça-feira (30) e pode ser que a Abin ou o próprio Ministério da Justiça possam trazer algumas alterações principalmente na comunicação entre os ministros e o presidente. Mas até o momento não”, declarou.
GSI disponibiliza outro meio de comunicação
Assim como Bolsonaro, Lorenzoni também mantém o número pessoal que usava antes de assumir o cargo. Eles se recusam a usar o aparelho criptografado oferecido pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) porque preferem falar por Whatsapp.
O GSI destacou que disponibiliza, através da Abin, um Terminal de Comunicação Seguro (TCS), mas que cabe às autoridades “optar pelo equipamento e operá-lo conforme suas necessidades funcionais”. “O TCS é móvel, possui funções de chamada de voz e troca de mensagens e arquivos criptografados com algoritmos de Estado. Não permite a instalação de aplicativos comerciais e pode realizar ligações em claro (sem criptografia)”, diz a nota do ministério.
“Preventivamente, considerando a complexidade do tema, nos cenários nacional e internacional, o GSI publica recomendações e alertas de segurança à Administração Pública Federal”, afirma outro trecho do texto. O GSI ressalta que detalhes e desdobramentos do assunto serão apurados pela PF.
*Com Estadão Conteúdo
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