Witzel manda ‘apurar com rigor’ se PMs invadiram hospital para pegar bala que matou Ágatha

  • Por Jovem Pan
  • 03/10/2019 18h41 - Atualizado em 03/10/2019 18h48
Allan Carvalho/Estadão Conteúdo reconstituição-morte-agatha Polícia Civil suspeita que um dos dois policiais militares que participou da reconstituição da morte da menina foi o autor do tiro

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou nesta quinta-feira (3) que vai “apurar com rigor” a denúncia de que um grupo de policiais militares teria invadido o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, um dia após a morte de Ágatha Félix, para exigir dos funcionários a entrega da bala que matou a menina no Complexo do Alemão.

A informação foi divulgada pelo site da revista “Veja”.

Conforme a revista, na ocasião, os médicos se recusaram a entregar a bala, e os policiais foram embora. Só um fragmento foi encontrado pelos funcionários do hospital e encaminhado à Polícia Civil. Os pedaços são compatíveis com fuzis, armamento que os PMs usavam enquanto patrulhavam a comunidade.

Onze agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Fazendinha estavam na região no momento do crime, e testemunhas afirmam que um deles foi o autor do disparo. A PM alega que havia tiroteio entre os policiais e o garupa de uma moto que passava pelo local.

Na quarta (2), a TV Globo divulgou que a Polícia Civil suspeita que um dos dois policiais militares que participou da reconstituição da morte da menina, realizada pela Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro na noite de terça (1º), foi o autor do tiro que a atingiu.

Relembre o caso

Ágatha morava na Fazendinha, uma das comunidades do complexo de favelas do Alemão, na zona norte do Rio. Por volta das 21h do dia 20, ela voltava para casa com a mãe, em uma Kombi que faz transporte local. Quando estavam na rua Antônio Austregésilo, a menina foi atingida.

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