Witzel vai pedir ajuda da ONU para combater o tráfico de armas no Rio
Durante coletiva de imprensa do Rock In Rio, organizada neste domingo (29), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), falou sobre a importância da segurança pública para o andamento de eventos grandiosos na cidade, criticou o uso da morte de Ágatha Felix como ‘palanque de político’ e anunciou que vai encaminhar ao conselho de segurança da ONU um pedido de ajuda no combate ao tráfico de armas.
Logo na primeira apresentação no Palco Sunset do Rock In Rio, Witzel foi alvo de críticas. A cantora Lellê, ex-integrante do Dream Team do Passinho, projetou uma foto de Marielle Franco e pediu aplausos para Ágatha Felix, garota de 8 anos assassinada no dia 20 deste mês. Juntos dos atos, a cantora pediu para que a polícia do Rio de Janeiro pare de matar pessoas inocentes.
Questionado sobre as manifestações políticas no palco do Rock In Rio, o governador disse que o festival (e o Rio de Janeiro) é um espaço aberto para a diversidade de pensamentos e que manifestações saudáveis são sempre válidas, mas lembrou que isso não é apenas uma questão de falha da polícia. Para Witzel, apesar de concordar que os agentes precisam ser aperfeiçoados, o grande responsável por casos como este é o tráfico ilegal de armas.
“É contra traficantes de armas e traficantes de drogas que a gente tem que levantar nossa bandeira porque são esses aí que estão causando as mortes no Rio de Janeiro”, disse.
O governador ainda convidou os líderes dos partidos da oposição a pararem de criticar o governo e começar a colocar o dedo na ferida. “Por que não falam dos traficantes, do comércio de armas e de drogas?”, disse. “Esses são os verdadeiros vilões”, completou. Como solução inicial, Witzel disse que é necessário fechar a fronteira com o Paraguai para impedir a entrada de armas no Brasil.
Pedido de ajuda a ONU
Wilson Witzel contou à imprensa que está disposto a atacar a raiz dos problemas do Rio de Janeiro e, por isso, está organizando um pedido de ajuda formal ao conselho de segurança da ONU. “Nós vamos levar a realidade da segurança do Rio de Janeiro até a ONU”, disse.
O governador contou que já contatou Sério Moro para que o próprio ministro da segurança o acompanhe na missão, mas que a participação dele não é determinante para que o pedido seja feito. “Eu tentei através do Moro para que ele viesse comigo, estou aguardando, mas se não vier a gente vai sozinho”, completou.
*Com informações da repórter Marcella Lourenzetto
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