Brasileiro condenado por tráfico de drogas é executado na Indonésia, confirma embaixada
Condenado na Indonésia
Condenado na IndonésiaMarco Archer Cardoso Moreira, carioca de Ipanema de 53 anos, foi executado na tarde deste sabado no horário brasileiro, início da madrugada na Indonésia, onde recebeu a sentença por tráfico de drogas. A morte foi confirmada pela A informação foi confirmada pela Embaixada do Brasil em Jacarta.. Ele foi o primeiro brasileiro a cumprir pena capital no mundo e mais cinco pessoas receberam a mesma pena neste sábado na Indonésia.
O clérigo que esteve com cinco dos condenados pouco antes da execução disse ao jornal Jakarta Post que eles estavam resignados.
De acordo com as leis da Indonésia, a única forma de reverter uma sentença de morte é o presidente do país aceitar um pedido de clemência. A primeira vez que o governo brasileiro pediu clemência para Archer foi em março de 2005, quando o então presidente Lula enviou carta ao presidente Susilo Bambang Yudhoyono. Apesar de não desconhecer a gravidade do delito cometido, Lula apelou ao sentimento de humanidade e amizade do presidente indonésio.
Archer trabalhava como instrutor de voo livre e foi preso em agosto de 2003, quando tentou entrar na Indonésia, pelo aeroporto de Jacarta, com 13,4 quilos de cocaína escondidos em uma asa-delta desmontada em sete bagagens.
Ele conseguiu fugir do aeroporto, mas foi localizado após duas semanas, na ilha de Sumbawa. Archer confessou o crime e disse que recebeu US$ 10 mil para transportar a cocaína de Lima, no Peru, até Jacarta. No ano seguinte, ele foi condenado à morte.
Em depoimento realizado por telefone no último dia 13, Marcos ainda mostrava esperança: “Meu segundo pedido de clemência foi negado. Eu me encontro no corredor da morte. Meu nome está na lista desses 12 primeiros que serão executados. É um momento muito difícil para mim. Estou sofrendo. Sei que eu errei. Peço às autoridades do Brasil que zelem pelo meu caso. Eu mereço mais uma chance. Meu sonho é sair daqui e voltar para o Brasil. Quero pedir perdão para toda a minha nação e mostrar para os jovens que a droga só leva a dois caminhos: a prisão ou a morte. Sou uma pessoa esperançosa e acredito mais uma vez que minha estrela vai brilhar. Eu vou lutar até o fim. A minha vida não pode acabar dessa maneira”, disse.
Na sexta, a presidente Dilma Rousseff apelou, “como mãe”, ao presidente indonésio Joko Widodo, que negou clemência. Procurador-geral da República, Rodrigo Janot também tentou o adiamento da execução. Lula havia em seu mandato enviado cartas a Jacarta (capital da Indonésia) pedindo a substituição da pena de morte. Em vão.
Marco foi fuzilado por um pelotão de doze soldados indonésios ao lado de outros quatro estrangeiros condenados.
Outro brasileiro, Rodrigo Gularte, de 42 anos, também está no corredor da morte na Indonésia, por tentar entrar no país, em julho de 2004, com seis quilos de cocaína escondidos em uma prancha de surfe.
*Com informações da Agência Brasil
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.