Brasileiros recebem Prêmio de Jornalismo Rei da Espanha em Madri

  • Por Agencia EFE
  • 27/05/2014 09h14
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Madri, 27 mai (EFE).- Dois jornalistas brasileiros receberam nesta terça-feira em Madri o Prêmio Internacional de Jornalismo Rei da Espanha, entregue por Juan Carlos I, e que reconhecem trabalhos de investigação e temas de interesse humano.

Na Casa do Leitor de Madri, o rei entregou os prêmios, que são realizados anualmente desde 1983 pela Agência EFE e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional.

Em seu discurso, o rei da Espanha defendeu a necessidade do jornalismo “rigoroso e sério” e ressaltou que o trabalho da imprensa de qualidade “não só é chave para informar os cidadãos, mas contribui para fortalecer a convivência e a democracia” na sociedade.

Juan Carlos I elogiou a longa trajetória da Efe que contribuiu para “vertebrar a informação na Espanha e revelou no resto do mundo a evolução e a transformação do país”.

Por sua vez, o presidente da Efe, José Antonio Vera, ressaltou o compromisso da Agência com a informação, que a transformou em “uma referência mundial”, ao completar neste ano seu 75º aniversário e destacou que os prêmios já são considerados “por muitos de nossos colegas do outro lado do Atlântico como os Pulitzer do jornalismo latino”.

Os brasileiros Renata Borges Colombo e Fábio Almeida levaram o prêmio de Rádio pela reportagem multiplataforma “Império da Areia: a dragagem que mata o Jacuí”, uma investigação transmitida pela “Rádio Gaúcha” e pela “RBS TV”, sobre a dragagem clandestina do rio Jacuí, o segundo mais importante do Rio Grande do Sul.

Na categoria de Imprensa o vencedor foi o espanhol José María Irujo por uma reportagem sobre o assassinato da jovem Yolanda González por ultradireitistas em 1980, publicada no diário “El País”.

O prêmio de Fotografia foi para o profissional “freelance” espanhol Pedro Armestre por uma imagem da rua Estafeta de amplona abarrotada de gente durante o encerramento das festas de São Fermín, em julho passado e publicada em diferentes veículos de imprensa.

Na categoria Televisão, o prêmio foi para o especial “O grande encontro”, exibido pela rede americana “Univisión” e dirigido por Lourdes Torres, que em setembro de 2012 teve como convidados os candidatos às eleições presidenciais dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama e o republicano Mitt Romney.

Uma reportagem de vinte minutos sobre o tráfico ilegal de madeira na Nicarágua, exibida pelo Canal 12 e elaborada por Octavio Enríquez, obteve o prêmio na categoria de Jornalismo Ambiental.

Já a premiação da categoria Jornalismo Digital foi para “Ruas perdidas: o avanço do narcotráfico na cidade de Rosário” da Argentina, um programa dirigido por Fernando Guillermo Irigaray.

Cada um dos prêmios, patrocinados pela empresa espanhola OHL, é de 6 mil euros (R$ 18 mil), além de uma escultura de bronze do artista Joaquín Vaquero Turcios.

O júri da XXXI edição do prêmio, presidido pelo secretário de Estado espanhol de Cooperação Internacional e para região ibero-americana, Jesús Gracia, e com José Antonio Vera, presidente da EFE, como vice-presidente, examinou 176 trabalhos de 19 países nas distintas categorias dos prêmios. EFE

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