Brasileiros recorrem a passaporte de emergência para não perder viagem
O atraso na emissão de passaportes por falta de material para confeccionar a capa da caderneta está fazendo viajantes pagarem uma taxa mais cara para obter documento de emergência.
A Casa da Moeda, responsável por produzir os passaportes, diz ter recebido ontem uma nova remessa de matéria prima para a confecção dos revestimentos. No entanto, a instituição afirma que a quantidade de insumo que chegou não vai ser suficiente para atender a demanda acumulada.
Como resultado, temos casos como o da comerciante Luziane Cristina Ferreira Bianco. Ela tem uma filha que está de viagem marcada para a Itália, mas obteria o passaporte tarde demais. A mãe optou por pagar a taxa para a emissão de um passaporte de emergência, que é mais cara: R$ 334,42. A emissão de um passaporte comum sai por R$ 257,25.
“Me foi oferecido. Se eu precisasse do passaporte para agora, que eu pagasse uma diferença. E foi o que eu fiz”, conta Luziane. O passaporte de emergência tem validade de um ano. O passaporte regular tem validade de 10 anos.
Fachada da Superintendência da PF em SP na manhã desta sexta-feira (Tiago Muniz)
Já o analista de negócios Leonardo Gomes conseguiu um documento comum para a família, mas também foi afetado pelos problemas na emissão. A retirada estava originalmente agendada para maio, mas ele só resolveu o problema hoje. “Pelo site ficou pronto na segunda-feira, mas a confirmação de retirada veio num e-mail ontem”, diz.
A Casa da Moeda afirma ainda que o prazo para a entrega do documento ainda é impreciso, podendo chegar a até 45 dias depois da solicitação.
Ainda não há previsão de retorno ao prazo original de seis dias.
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