Brasília lidera candidatura latino-americana para receber Fórum da Água 2018
São Paulo, 11 fev (EFE).- Brasília, à frente de uma candidatura latino-americana, confia em sua escolha para receber em 2018 o Fórum Mundial da Água, uma decisão que será anunciada no próximo dia 25 de fevereiro e na qual a capital brasileira disputa sua nomeação com Copenhague, afirmou nesta terça-feira o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
“Nos foros anteriores, como o de Marselha (França, 2012), ganhou muita força a presença do Brasil. Brasília se postulou para ser sede em 2018 e o nome foi ganhando um consenso em todo o país”, comentou Queiroz a jornalistas estrangeiros em São Paulo.
Brasília, de acordo com o governador, “facilita uma união em todos os segmentos, como o setor privado e o resto dos estados brasileiros”.
No entanto, um dos principais argumentos que Brasília apresentará para superar a capital dinamarquesa no próximo dia 25 de fevereiro durante a votação do Conselho Mundial de Água em Daegu (Coreia do Sul), cidade que abrigará o fórum de 2015, será sua condição de candidatura latino-americana.
“É uma candidatura com muita consistência. Não é a candidatura de uma cidade, mas de todo um país que ganhou uma dimensão muito maior, pois os países da América do Sul e latino-americanos a estão considerando como própria”, declarou Queiroz, destacando que já recebeu o apoio oficial do México.
O vice-presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), Newton Lima Azevedo, que é um dos três representantes brasileiros dentro dos 35 conselheiros mundiais que votarão em Daegu, indicou que “trazer o fórum para o hemisfério sul e que o assunto de água deixe de ser europeu é muito importante”.
“Temos aqui no Brasil necessidades primárias que seria um ponto de inflexão na história do saneamento”, diferente da situação de Copenhague, que não tem esse tipo de problemas, acrescentou.
Para Ricardo Andrade, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) e outro dos conselheiros com voto, Brasília “tem uma proposta consistente” e, por isso, acredita em sua escolha, mas alertou que é preciso superar primeiro “o processo eleitoral” dentro do órgão.
O Conselho Mundial de Água reúne 70 países e tem sede em Marselha, que abrigou o último fórum do organismo com a presença de 25 mil participantes.
A reunião de 2015 será na cidade sul-coreana de Daegu e segue os foros realizados de maneira trienal em Marrakesh (Marrocos), Haia (Holanda), Kioto (Japão), Cidade do México e Istambul (Turquia). EFE
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