Brics se opõem à expansão de assentamentos judaicos na Palestina
Fortaleza, 15 jul (EFE).- Os países que integram o fórum Brics criticaram nesta terça-feira a “contínua e expansiva construção de assentamentos judaicos nos territórios palestinos ocupados pelo governo israelense”.
A oposição de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul à atual política do governo de Israel foi manifestada em uma declaração conjunta assinada durante a sexta Cúpula dos Brics, aberta hoje na cidade de Fortaleza.
Segundo os cinco países, a atitude de Israel “viola o direito internacional, mina gravemente os direito internacional e ameaça a viabilidade da solução dos dois Estados”.
As grandes economia emergentes instaram Israel e Palestina a retomar as negociações para a consecução de um Estado palestino “contíguo e economicamente viável, convivendo lado a lado e em paz com Israel, dentro das fronteiras mutuamente estipuladas e reconhecidas em 4 de junho de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital”.
Os Brics se comprometeram, além disso, a contribuir para uma solução “ampla, justa e duradoura do conflito árabe-israelense com base no marco jurídico internacional no qual se inclui resoluções das Nações Unidas, os princípios de Madri e a Iniciativa de Paz Árabe”.
Além disso, expressaram seu apoio à convocação “o mais rápido possível de uma conferência sobre o estabelecimento de uma zona no Oriente Médio livre de armas nucleares e de todas as armas de destruição em massa”.
Sobre a situação da Síria, os Brics expressaram sua “preocupação com a violência nesse país” e a “deterioração da situação humanitária”, ao mesmo tempo em que condenaram ambas partes no conflito pela “violação dos direitos humanos”.
“Não há uma solução militar para o conflito e destacamos a necessidade de evitar uma maior militarização. Pedimos a todas as partes que se comprometam imediatamente a um cessar-fogo total”, afirma o texto.
O grupo reitera também “a condenação a todas as formas de terrorismo” e, neste sentido, mostra sua preocupação pela contínua ameaça terrorista na Síria protagonizada pela Al Qaeda e outras organizações terroristas.
Os Brics também condenaram o uso de armas químicas em qualquer circunstância e felicitaram a decisão da República Árabe da Síria de aderir à Convenção sobre Armas Químicas. EFE
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