Bruxelas quer “trabalhar junto” com Trump, mas “redescobrir a força da Europa”

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/11/2016 11h11

Federica Mogherini disse que a UE "apoiou ativamente este processo de paz desde o princípio" e que a decisão de retirar as Farc da lista tem "plenos efeitos" desde a assinatura do acordo de paz

Agência EFE Federica Mogherini - Agência EFE

A União Europeia reconheceu no início da manhã desta quarta-feira o resultado das eleições presidenciais americanas, que levaram à vitória de Donald Trump, e anunciou que Bruxelas manterá as relações políticas com Washington. “Os laços entre a UE e os EUA são mais profundos do que qualquer mudança política”, afirmou a alta representante para Relações Exteriores, Federica Mogherini.

No entanto a declaração, feita via Twitter, teve um formato inusual: ela não mencionou o nome de Donald Trump, não o parabenizou pela vitória e completou: “Nós vamos continuar a trabalhar juntos, redescobrindo a força da Europa”.

A postura da chefe de diplomacia da União Europeia reflete a preferência clara dos europeus pela candidata democrata Hillary Clinton, que perdeu as eleições para Donald Trump. De acordo com pesquisa do Conselho Europeu de Relações Internacionais (ECFR) sobre a opinião de autoridades governamentais dos 28 países-membros da união, apenas o governo da Hungria, nas mãos de Viktor Orban, era favorável à candidatura de Trump.

O extremista de direita foi o primeiro dos líderes europeus a se manifestar sobre o resultado. “Felicitações”, disse ele, em sua página de Facebook. “Que boa notícia. A democracia continua viva “

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