Buenos Aires vai às urnas em pleito que influenciará eleição presidencial
Buenos Aires, 4 jul (EFE).- Eleitores de Buenos Aires vão às urnas neste domingo em um pleito que, segundo todas as pesquisas, irá para o segundo turno e cujo resultado será chave para as eleições presidenciais marcadas para outubro.
As pesquisas indicam que Horacio Rodríguez Larreta, da conservadora Proposta Republicana, que governa Buenos Aires desde o final de 2007, conquistará a primeira colocação, assim como ocorreu nas primárias do dia 26 de abril, mas sem conseguir alcançar os votos necessários (50% mais um) para evitar o segundo turno.
O adversário deve ser Martín Louesteau, da frente de centro-esquerda Eco e ministro da Economia durante o primeiro mandato de Cristina Kirchner (2007-2011). Ele agora é opositor do governo da presidente argentina.
Segundo as pesquisas, o terceiro em intenção de votos é Mariano Recalde, presidente da Aerolíneas Argentinas e candidato da Frente para a Vitória, grupo comandado por Cristina.
Outros dois postulantes concorrem no pleito: o esquerdista Luis Zamora, do Partido Autodeterminação e Liberdade, e Myriam Bregman, da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores.
A campanha que precedeu as eleições foi considerada morna, sem uma discussão formal de ideias e propostas entre os principais candidatos a prefeito. Com 2,5 milhões de pessoas aptas a votar, a capital é o quarto maior distrito eleitoral do país, atrás das províncias de Buenos Aires, Córdoba e Santa Fé.
Serão eleitos neste domingo, além de prefeito e vice-chefe de governo, 30 integrantes do Legislativo e os representantes das 15 comunas nas quais se divide a cidade.
A grande novidade será o voto eletrônico, com dúvidas sobre como a tecnologia afetará o desenvolvimento do pleito por causa do desconhecimento do eleitorado sobre o uso das novas urnas.
Além disso, haverá eleições em outros quatro distritos do país, entre eles, a província de Córdoba, que, com 2,7 milhões de pessoas aptas para votar, é o segundo maior colégio eleitoral da Argentina.
Os principais candidatos a governador de Córdoba são o deputado Juan Schiaretti, que já governou a província e representa o partido União por Córdoba, uma sigla da dissidência peronista, e o kirchnerista Eduardo Accastelo, prefeito de Villa María.
Na província de La Rioja, no noroeste do país, com 270 mil eleitores, os principais concorrentes ao cargo de governador são o kirchnerista Sergio Casas e o racial Julio Martínez.
Já na província do Pampa, no centro da Argentina e com 274 mil eleitores, serão realizadas eleições internas não obrigatórias, com vistas ao pleito para governador previstas par 25 de outubro.
Por último, em Corrientes, no nordeste do país, 810 mil eleitores foram convocados às urnas para escolher os novos representantes do Legislativo da província.
Em um ano que estará marcado pelas eleições presidenciais de outubro, até agora a Frente para a Vitória venceu os pleitos para os governos de Salta, Chaco e Terra do Fogo.
Porém, em Neuquén, foi revalidado o comando do Movimento Popular Neuquino, que governa a província há meio século. Já em Río Negro, Alberto Weretilneck, ex-aliado do kirchnerismo, conseguiu a reeleição. Em Santa Fé a vitória ficou com uma coalizão de centro-esquerda e, em Mendoza, venceu uma frente de radicais e conservadores.
Em nível nacional, as primárias serão disputadas no dia 9 de agosto. Nelas serão definidos os candidatos que concorrerão em outubro para suceder Cristina, que deixa a presidência a partir do próximo dia 10 de dezembro. EFE
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