Bulgária estuda extraditar francês vinculado aos irmãos Kouachi

  • Por Agencia EFE
  • 13/01/2015 10h48

Sófia, 13 jan (EFE).- A Justiça da Bulgária estuda extraditar à França um cidadão francês detido por terrorismo e vinculado aos irmãos Kouachi, autores do atentado contra a redação da revista satírica “Charlie Hebdo”.

Em uma ordem europeia de detenção indica que o detido, Fritz-Joly Joachin, teve “contatos” com um dos irmãos, concretamente com Chérif, assegurou à Agência Efe nesta terça-feira Pavel Zhekov, porta-voz da Procuradoria regional de Haskovo.

Outra fonte da Procuradoria da Bulgária, que pediu o anonimato, confirmou que havia vínculos de Joachin com os autores do atentado do dia 7 contra a sede da revista satírica, na qual foram assassinadas 12 pessoas.

Em comunicado, a Procuradoria Geral da Bulgária em Sófia explicou que a polícia do país balcânico deteve em 1 de janeiro um cidadão francês, identificado como Fritz-Joly Joachin, de 29 anos, em um ponto fronteiriço quando pretendia atravessar para a Turquia.

“Em 12 de janeiro, ele recebeu uma segunda ordem de detenção, desta vez emitida por um tribunal em Paris. O motivo é a suposta participação desta pessoa em um grupo criminoso para preparar atos terroristas”, explicou à Agência Efe uma porta-voz da Procuradoria Geral.

A fonte acrescentou que foi iniciado um processo judicial no tribunal regional da cidade de Haskovo, que decidirá sobre a extradição do detido francês nos próximos dias.

No entanto, a detenção no dia 1 de janeiro aconteceu por outra ordem anterior, também da Justiça francesa, por suspeita de sequestro de seu filho de três anos.

Segundo as televisões privadas “bTV” e “Nova TV”, que citaram fontes da Justiça búlgara, esta ordem foi emitida após uma denúncia da mãe do menor, segundo a qual Joachin, de origem haitiana e convertido ao islã, pretendia ir à Síria com sua criança.

A imprensa local assegurou que o detido declarou perante a Justiça búlgara que não é um combatente jihadista e que está de acordo em ser entregue às autoridades francesas. EFE

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