Bulgária reconhece “extermínio em massa de armênios”, mas não o genocídio
Sófia, 24 abr (EFE).- O Parlamento da Bulgária aprovou nesta sexta-feira, após um acalorado debate, uma declaração na qual reconhece o “extermínio em massa de armênios” produzido em 1915 pelo Império otomano, mas que evita expressamente o termo “genocídio” que aparecia na proposta original de resolução.
O principal partido no governo, o conservador populista Gerb, forçou a eliminação desse termo, proposto pelos ultradireitistas do Ataka, que estão desde 2006 tentando aprovar uma resolução sobre o genocídio armênio.
O texto final, que fala só de “extermínio em massa” e declara 24 de abril como dia de lembrança das vítimas, foi aprovado com o voto a favor de 157 dos 240 deputados do Legislativo búlgaro.
Só o partido da minoria turca, o Movimento de Direitos e Liberdades, votou contra a resolução.
Seus deputados inclusive deixaram o plenário durante o minuto de silêncio que se manteve após a votação.
A Bulgária, que durante cinco séculos, até o final do século XIX, fez parte do Império otomano, tem uma considerável minoria de turcos étnicos, aproximadamente 8,8% da população.
O primeiro-ministro da Bulgária, Boiko Borisov, insistiu na necessidade de lembrar das vítimas, mas insistiu que é preciso diferenciar entre o Império otomano e a atual Turquia. EFE
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