Burkina Fasso embarga bens dos golpistas

  • Por Agencia EFE
  • 26/09/2015 09h27

Ouagadogou, 26 set (EFE).- A Justiça de Burkina Fasso anunciou neste sábado o embargo por um período de três meses dos bens dos responsáveis pelo golpe de Estado que em 16 de setembro afastou do poder o presidente, Michel Kafando, restituído há três dias perante a pressão internacional e do Exército.

A medida afeta um total de 14 pessoas, entre elas o general Gilbert Diendéré -que foi nomeado novo líder do país após o golpe- sua esposa, além do coronel Sidi Parei, ex-ministro de Segurança do governo de transição demitido ontem do cargo.

Na lista -publicada pelo Procurador-geral em comunicado – figuram além disso o chefe do ex-governante Congresso para a Democracia e a Paz (CDP), Eddie Komboigo e o antigo ministro das Relações Exteriores do regime do derrubado presidente Blaise Compaoré, o general Djibril Bassolé.

Todos os nomes têm em comum a proximidade ao ex-presidente Compaoré e o partida no qual se apoiou para se perpetuar no poder durante 27 anos, o CDP.

Compaoré foi forçado a abandonar o país no ano passado, após uma onda de protestos contra sua tentativa de governar durante outros cinco anos.

A decisão da Justiça permite a cada um dos sancionados retirar por mês 300 mil francos CFA (456 euros no câmbio de hoje), que devem servir para cobrir suas despesas básicas.

Os bens do CDP também foram embargados.

O governo de transição que é liderado pelo presidente Kafando foi formado após a queda de Compaoré, e seu mandato dura até a realização das próximas eleições legislativas e presidenciais.

Previsto inicialmente para 11 de outubro, o pleito foi adiado e será realizado em 22 de novembro no mais tardar, embora ainda haja pontos de divergência nas negociações.

Organizações da sociedade civil, partidos políticos e cidadãos se opõem à anistia para os organizadores do golpe, algo que é apoiado pelos líderes regionais para carimbar o acordo. EFE

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