Caças turcos bombardeiam posições da guerrilha curda no norte do Iraque
Istambul, 25 jul (EFE).- Caças turcos atacaram durante a madrugada deste sábado posições do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no norte do Iraque, informou em comunicado o primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu.
Os aviões lançaram “munição clássica e moderna” contra “refúgios, cavernas, depósitos e pontos logísticos” do PKK em sete regiões do Iraque, entre elas os montes Kandil, onde estão instalados os quartéis centrais da guerrilha curda.
Além disso, unidades das Forças Armadas do país também bombardearam posições do PKK desde a fronteira turco-iraquiana, acrescenta o comunicado do primeiro-ministro.
O comitê central do PKK confirmou os bombardeios aéreos por meio de uma nota distribuída pela agência curda “Firat”, no qual afirma que está definitivamente encerrado o cessar-fogo entre as partes, em vigor há dois anos, mas que tinha sido violado reiteradamente nas últimas semanas.
“Com esse intenso bombardeio aéreo, o cessar-fogo perdeu seu sentido”, declara o comunicado.
Por outro lado, supostos membros do PKK sequestraram um policial em uma estrada no sudoeste da Turquia. Ele estaria de folga e fazia uma viagem com a família. Os criminosos levaram apenas o agente, deixando sua esposa e filhos em liberdade, informou o jornal local “Hürriyet”.
Na província de Erzurum foram sequestrados três profissionais de saúde, em uma ação na qual teria sido levada uma ambulância. Já na manhã de hoje, outros 15 trabalhadores também foram capturados na província de Sirnak, no sudoeste da Turquia.
Nos últimos meses, o PKK realizou vários sequestros de funcionários públicos, mas todos foram resolvidos de forma pacífica, sem vítimas ou pagamento de resgate.
Em Diyarbakir, a “capital” dos curdos, uma bomba caseira explodiu em um edifício da polícia, deixando sete agentes feridos, nenhum deles em estado grave, acrescentou o “Hürriyet”.
Prossegue também a grande operação antiterrorismo realizada desde ontem no país na qual já foram presas 320 pessoas, grande parte delas simpatizantes da esquerda curda. EFE
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