Cai o número de cidades com risco de epidemia de dengue e febre chicungunha

  • Por Agencia EFE
  • 04/11/2014 15h38
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Rio de Janeiro, 4 nov (EFE).- O número de cidades com risco de sofrer com epidemias de dengue e febre chicungunha por causa da elevada quantidade de casas com criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor de ambas as doenças, caiu de 159 em 2013 para 117 neste ano, informou nesta terça-feira o Ministério da Saúde.

Essa redução ajudou a diminuir em 61% o número de casos de dengue no país na comparação com o ano passado – de 1,47 milhões nos nove primeiros meses de 2013 contra 556.317 no mesmo período de 2014.

Os dados foram divulgados pelo Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. O número de mortes caiu 41%, passando de 646 para 378 no período avaliado.

De acordo com o balanço divulgado hoje na cerimônia de lançamento da campanha para prevenir as doenças transmitidas pelo mosquito, o Brasil registrou 824 casos de febre chicungunha desde setembro do ano passado – apenas 39 deles importados de outros países. O restante (789) foram autóctones.

Os casos autóctones estão concentrados nas cidades de Oiapoque (371), no Amapá, Feira de Santana (330) e Riachão de Jacuípe (82), ambas na Bahia.

Barbosa explicou que as campanhas de prevenção da dengue, baseadas principalmente no combate aos criadouros do mosquito transmissor, ajudaram a reduzir o número de cidades em risco.

O Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), que estabelece a porcentagem de residências com focos de larvas do mosquito em 1.463 municípios, mostrou que 813 deles estavam em situação satisfatória em setembro. Isso representa menos de 1% de possibilidade de infestação.

Outras 513 cidades estavam em estado de alerta e 117 em risco, ou seja, com um LIRAa superior a 4%.

O mesmo índice analisou no ano passado um número menor de municípios (1.438) e identificou mais cidades em risco (159).

“O LIRAa permite que os prefeitos saibam quais são os bairros que têm maior incidência do mosquito e que concentrem neles seus esforços de combate”, explicou Barbosa.

A nova campanha de combate ao Aedes aegypti foi lançada no início do verão, quando as condições climáticas são mais propícias à reprodução do mosquito, aumentando o risco de transmissão da doença.

Barbosa afirmou que a campanha se tornou ainda mais importante neste ano por causa dos primeiros registros de casos autóctones de febre chicungunha no país. O Aedes aegypti, agora, pode transmitir os dois tipos diferentes de vírus.

“Onde houver mosquitos transmissores de dengue também é possível que registremos casos de chicungunha. Não temos dúvida que o perigo aumentou, assim como a responsabilidade de todos”, afirmou o secretário. EFE

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