Câmara de São Paulo aprova Plano Diretor
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou Plano Diretor após manifestação de movimentos sociais e sem a inclusão do aeroporto em Parelheiros. O conjunto de diretrizes que orientou o crescimento da cidade seguirá para votação no plenário da Casa, o que deve ocorrer na próxima terça-feira.
Ontem, manifestantes forçaram a entrada para pressionar pela aprovação e a Guarda Civil Metropolitana usou gás de pimenta para conter a invasão. A intenção é que sejam criadas novas áreas para construção de moradias populares em terrenos onde atualmente há ocupações.
Outro ponto polêmico era a possível construção de um aeródromo privado em Parelheiros, no extremo sul da capital. Mas o líder do governo, Arselino Tatto, explicou que o terminal estaria previsto para uma área de proteção ambiental e, por isso, foi retirado.
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O presidente da Comissão de Política Urbana avalia que o Plano Diretor não pode tratar São Paulo de maneira uniforme. Em entrevista ao repórter Marcelo Mattos, o vereador Andrea Matarazzo, do PSDB, acredita num consenso para discussão em plenário:
O Plano Diretor autoriza maior adensamento urbano e crescimento vertical de prédios, em áreas vizinhas do Metrô e da CPTM, por exemplo. O relator do projeto, Nabil Bonduqui, do PT, defendeu mecanismos que preservem o interior dos bairros, com restrições aos prédios mais altos.
O plano pretende discutir como São Paulo vai crescer nos próximos 16 anos, na tentativa da aproximar emprego e moradia e preservar o meio ambiente. No entanto, o vereador Police Neto, do PSD, acha que a teoria apresentada não irá se sustentar no cotidiano da capital paulista.
O Plano Diretor passa pela inclusão de Zonas de Interesse Social, em especial o Jardim Angela, que recebe a ocupação conhecida como Nova Palestina.
Em entrevista ao repórter Anderson Costa, o prefeito Fernando Haddad afirmou que espera transparência na discussão de pontos divergentes.
O prefeito de São Paulo tem a expectativa que a segunda votação ocorra até maio, antes do esvaziamento com a Copa do Mundo, o recesso e as eleições.
Em setembro, Haddad enviou proposta aos vereadores que alteraram o texto após debates e audiências, o que resultou no substitutivo do Plano Diretor.
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