Câmara dos EUA aprova emenda contra medidas migratórias de Obama

  • Por Agencia EFE
  • 14/01/2015 16h09
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Washington, 14 jan (EFE).- A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos votou nesta quarta-feira a favor de duas emendas propostas pelos republicanos para derrubar as ações executivas anunciadas pelo presidente Barack Obama em novembro, que evitou o risco de deportação para cinco milhões de pessoas.

A câmera aprovou a emenda adjunta ao projeto de lei para dotar de orçamento do Departamento de Segurança Nacional (DHS), encarregado de executar essas ações, por 237 votos a favor e 190 contra.

Os legisladores aprovaram imediatamente depois, por 218 votos a favor e 209 contra, outra emenda para eliminar os recursos da Ação Diferida (DACA), outra decisão executiva emitida em 2012 que evitou a deportação de centenas de milhares de jovens imigrantes ilegais criados em solo americano.

O presidente da câmara, o republicano John Boehner, insistiu antes de abrir a votação que os republicanos “não tiveram outra opção” já que Obama teria extrapolado o uso de seu poder executivo quando tomou essas medidas migratórias.

No entanto cerca de 20 republicanos votaram contra a proposta, já que seus distritos têm um grande percentual de população latina.

O projeto de lei propõe um financiamento de US$ 39,7 bilhões para as agências de segurança e, se não for aprovado, o DHS ficará sem recursos a partir do dia 27 de fevereiro.

Apesar da aprovação das emendas e do possível consentimento do Senado, o presidente já advertiu que vetará o texto caso chegue a Casa Branca.

Os conservadores, que agora controlam a maioria no Capitólio, começaram o novo período legislativo atacando as ações unilaterais adotadas pelo presidente americano por reivindicar que deveriam ter sido tomadas através do Congresso.

No entanto, durante mais de um ano, os republicanos barraram as tentativas de votação de uma reforma migratória integral que abordasse as carências do sistema de forma permanente, o que fez Obama optar por atuar até o limite de sua autoridade executiva. EFE

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