Câmara dos EUA aprova orçamento temporário que inclui fundos contra o ebola

  • Por Agencia EFE
  • 17/09/2014 21h35
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Washington, 17 set (EFE).- A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos deu sinal verde nesta quarta-feira para a proposta de orçamento para manter as atividades do governo até o dia 11 de dezembro, uma medida que ainda deve ser aprovada no Senado e que pretende evitar a paralisação da Administração como ocorreu no país há um ano.

Por 319 votos a favor e 108 contra, os legisladores aprovaram uma medida orçamentária que inclui várias emendas, entre elas a concessão de US$ 88 milhões adicionais solicitados pelo presidente Barack Obama para o combate ao ebola na África Ocidental.

Esses fundos se somarão aos US$ 175 milhões que os Estados Unidos já forneceram à causa e serão destinados a dar suporte para os esforços dos especialistas médicos na África e para o desenvolvimento de novos remédios e vacinas contra a epidemia. No entanto, não serão utilizados para enviar 3 mil militares à região e criar um comando de coordenação na Libéria.

Essas últimas medidas, anunciadas na terça-feira por Obama, serão financiadas com US$ 500 milhões em recursos já autorizados para outras operações que o Pentágono solicitou ao Congresso para o esforço ampliado contra o ebola.

Outra emenda vinculada à medida orçamentária que foi aprovada hoje renova até o dia 30 de junho de 2015 o mandato do banco estatal de exportação e importação (Eximbank), que expira no dia 30 de setembro.

Muitos republicanos conservadores defenderam a eliminação desse banco, que concede créditos, garantias e seguros para que as companhias americanas financiem suas exportações, enquanto a Casa Branca pressionava há meses para mantê-lo de pé.

Por último, a medida inclui uma emenda que autoriza o Pentágono a treinar e armar os rebeldes sírios na luta contra a milícia extremista do Estado Islâmico (EI), conforme o pedido de Obama.

O orçamento permitirá recursos anuais de US$ 1 trilhão para financiar as ações do governo até 11 de dezembro. Se o Senado não o aprovar nas próximas semanas, a Administração sofrerá uma nova paralisação da maior parte de suas atividades a partir de 1º de outubro.

Isso foi o que ocorreu durante duas semanas em outubro do ano passado, depois que os republicanos no Congresso se negaram a aprovar um orçamento que não estivesse vinculado com o adiamento da entrada em vigor da reforma da saúde de Obama, algo que, segundo algumas pesquisas, causou prejuízo político para o partido da oposição.

Com a proximidade das eleições legislativas de novembro, os republicanos não querem se arriscar este ano com uma aposta similar e buscaram uma aprovação rápida do orçamento, que deverá ser votado amanhã no Senado. EFE

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