Câmara dos EUA aprova projeto para sancionar funcionários venezuelanos
Washington, 28 mai (EFE).- O plenário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos votou nesta quarta-feira a favor de um projeto de lei para sancionar funcionários do governo da Venezuela que estejam vinculados com a violação de direitos humanos durante os protestos no país, informaram fontes parlamentares.
O projeto de lei, uma proposta liderada pela legisladora cubano-americana Ileana Ros-Lehtinen, proibiria a entrada no território americano e congelaria os ativos nos EUA de uma série de indivíduos supostamente relacionados com atos de repressão durante as manifestações estudantis na Venezuela.
“Estamos aqui para condenar os abusos contra os direitos humanos que estão acontecendo na Venezuela e terminar com a crise de seu povo”, disse a legisladora perante seus colegas.
O Senado conta com seu próprio projeto de lei a respeito, liderado pelo democrata Robert Menéndez e pelo republicano Marco Rubio, que já obteve o beneplácito do Comitê de Relações Exteriores e deverá ser votado agora pelo plenário.
Caso o texto dos senadores também seja aprovado, deverá ser harmonizado com a proposta da Câmara dos Representantes, e, se chegarem a um texto único, só necessitaria a assinatura do presidente americano, Barack Obama, para entrar em vigor.
No entanto, a Administração americana se mostrou reticente a imiscuir-se na solução da crise venezuelana, principalmente desde que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) se ofereceu para mediar o diálogo entre governo e oposição.
A este respeito, Ros-Lehtinen assegurou que “as chamadas discussões” entre ambas partes não chegaram a “nenhum resultado, nenhuma ação, nenhuma concessão e os inocentes continuam na prisão”.
A Venezuela vive protestos contra o governo de Nicolás Maduro há mais de três meses, que em algumas ocasiões derivaram em incidentes violentos que deixaram 42 mortos, mais de 800 feridos e centenas de processados. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.