Câmara quer investigar crime organizado em cooperativas de micro-ônibus
A Câmara Municipal de São Paulo quer investigar participação do crime organizado em cooperativas de micro ônibus. Chama a atenção dos vereadores que, de janeiro a abril deste ano, dos 66 ônibus incendiados na capital, apenas sete coletivos são de cooperativas.
A polícia já investiga denúncias da participação de facções criminosas no transporte e o assunto vem causando discussão entre integrantes da Casa. O ex-comandante da Rota, o vereador Coronel Telhada, do PSDB, disse que as autoridades policiais devem esclarecer se há associação ou não.
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A polícia de São Paulo identificou 80 pessoas das quais 45 foram presas e 24 eram menores de idade. O presidente da Comissão de Transportes, Senival Moura, do PT, descartou a participação do crime organizado na gestão das cooperativas.
O diretor do Sindicato dos Condutores afirmou que acredita na ação do crime organizado entre as cooperativas. Marcos Antônio Coutinho ressaltou o trauma gerado pelos ataques a ônibus para motoristas, cobradores e passageiros.
O diretor da SPUrbanuss, Sindicato das Empresas de Transporte, enfatizou o prejuízo financeiro de R$ 30 milhões. Carlos Alberto Souza lembrou que os usuários acabam penalizados com menor oferta já que um coletivo demora cinco meses para ser reposto.
Neste ano, a SPTrans registrou 67 ônibus incendiados, superando o ano inteiro de 2013, quando 65 veículos foram atacados. A incidência do crime é maior em Itaquera, Zona Leste, e no Capão Redondo, na Zona Sul da cidade de São Paulo.
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