Cameron alerta de perigo que regime islâmico no Iraque é para Reino Unido

Londres, 18 jun (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, advertiu nesta quarta-feira o perigo que pode significar para o Reino Unido a instalação de um “regime islâmico radical” no Iraque.

Na sessão semanal de perguntas ao primeiro-ministro na Câmara dos Comuns, Cameron disse que os insurgentes do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), que ameaçam o governo de Bagdá, também planejam atentados terroristas contra o Reino Unido.

O primeiro-ministro, que analisará hoje a crise iraquiana com os principais ministros do governo, informou que o país aumentará de dois milhões de libras (R$ 7,629 milhões) para até cinco milhões de libras (R$ 19 milhões), a ajuda humanitária para os deslocados pela violência no Iraque.

“As pessoas desse regime (islâmico radical), além de tentar ocupar território, planejam ataques ao Reino Unido”, disse Cameron, que destacou a necessidade de o governo iraquiano representar os interesses de toda a população, não só da maioria xiita.

“Acho que seria um erro pensar que a única resposta para estes problemas é um ataque duro, com intervenção direta. Sabemos que isso pode criar problemas”, ressaltou Cameron.

Ele ainda destacou a importância de apoiar os países ameaçados pelos extremistas islâmicos para que tenham governos representativos de todos os setores da população.

“Temos que ajudar no Iraque, na Somália, na Nigéria ou no Mali, porque estes problemas voltarão e nos afetarão em casa se não o fizermos”, disse Cameron, que qualificou de “vital” impedir o avanço do EIIL.

Na sessão parlamentar, o primeiro-ministro explicou que a polícia e os serviços secretos avaliaram o perigo que representam os britânicos que viajaram para zonas de conflito, como a Síria, e que retornaram totalmente radicalizados.

Cameron presidirá hoje uma reunião do Conselho Nacional de Segurança, formado pelos principais ministros e serviços secretos, para avaliar a situação de violência no Iraque.

No último ano, as forças da ordem detiveram no Reino Unido vários jovens que viajaram para a Síria com fins terroristas. EFE