Cameron felicita líder escocesa pela vitória dos independentistas

David Cameron comemora vitória dos conservadores nesta sexta (08); ele é primeiro-ministro desde 2010

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, felicitou, nesta sexta-feira (6), a líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP), a independentista Nicola Sturgeon, pela vitória da formação no pleito autônomo, realizado na quinta-feira (5).

O SNP ganhou a maior parte das cadeiras (63) das 129 em disputa no parlamento de Edimburgo, embora não tenha chegado à maioria absoluta (65), enquanto os conservadores deslocaram os trabalhistas do segundo lugar, com 31 cadeiras.

Um porta-voz da residência oficial de Downing Street informou, na manhã de hoje, que Cameron falou por telefone com Sturgeon para felicitá-la pelo resultado eleitoral e que acordaram que ambos governos, o central de Londres e o autônomo escocês, trabalharão juntos em assuntos de interesse comum, como a atual crise do aço.

“O primeiro-ministro felicitou Sturgeon por seu partido ficar com a maior representação no parlamento escocês e, por sua vez, a escocesa felicitou Cameron pelos avanços que sua formação conseguiu na Escócia”, acrescentou o porta-voz.

“O primeiro-ministro e Sturgeon acordaram que os governos do Reino Unido e da Escócia devem continuar trabalhando juntos de maneira construtiva e, a curto prazo, dedicarem-se para o futuro da indústria do aço”, indicou a fonte, ao se referir aos problemas pelos quais atravessa esse setor graças à supressão de empregos pela concorrência de metal mais barato procedente da China.

Além disso, o ministro britânico para a Escócia, David Mundell, único deputado conservador que a região tem no parlamento de Westminster (central de Londres), também congratulou Sturgeon e disse que acredita poder colaborar com ela nos próximos anos.

Os trabalhistas de Jeremy Corbyn ficaram com a terceiro posto (24 cadeiras), o que representa um retrocesso de 13.

Com uma participação de 55,6% de um eleitorado de 4 milhões de pessoas, o SNP obteve 46,5% dos votos, contra 22,6% dos trabalhistas e 22% dos conservadores.