Cameron mantém principais ministros no novo governo

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 16h05
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Guillermo Ximenis.

Londres, 11 mai (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou nesta segunda-feira a composição definitiva de seu novo gabinete de governo, mantendo os principais ministros, além da incorporação do prefeito de Londres, Boris Johnson, ainda sem pasta.

Cameron, que na sexta-feira já tinha ratificado no cargo os ministros de Economia, Relações Exteriores, Interior e Defesa, anunciou que Jeremy Hunt continuará à frente da pasta de Saúde, assim como Iain Duncan Smith na de Trabalho e Previdência, Nicky Morgan na da Educação e Patrick McLoughlin na dos Transportes.

Entre as principais novidades reveladas hoje está a pasta do Ministério de Cultura, Meios de Comunicação e Esportes, que será dirigida a partir de agora por John Whittingdale, um conservador crítico com a taxa paga pelos britânicos para financiar a rede pública “BBC”, que estará negociando para renovar seus estatutos.

Whittingdale substitui no posto Sajid Javid, que passa a ocupar a pasta de Empresas, até agora nas mãos do liberal-democrata Vincent Cable.

Graças à maioria absoluta obtida nas urnas contra todas as previsões, os conservadores governarão sozinhos pela primeira vez em 18 anos, por isso Cameron substituiu os liberais-democratas que ocuparam postos no governo de coalizão no último mandato.

O até agora chefe do Tesouro, Danny Alexander, será substituído por Greg Hands, que foi secretário parlamentar do ministro da Economia, George Osborne, enquanto Edward Davey deixa a pasta de Energia e Mudança Climática e será substituído por Amber Rudd, parlamentar conhecida por suas posições favoráveis às políticas ambientais.

David Mundell substitui o também liberal-democrata Alistair Carmichael no Ministério para a Escócia no início de uma legislatura na qual os nacionalistas escoceses terão um peso inédito na Câmara dos Comuns – passarão de 6 para 56 deputados – e na qual Cameron se comprometeu a tranferir novas competências ao parlamento autônomo de Holyrood (Edimburgo).

Mundell, que até agora tinha ocupado cargos de menor categoria no mesmo Ministério, é o único deputado conservador por um distrito na Escócia, onde o Partido Nacionalista Escocês (SNP) praticamente arrebatou todas as cadeiras reservadas para a região na Câmara dos Comuns.

Entre os que passaram pela residência número 10 de Downing Street para se reunir durante alguns minutos com o primeiro-ministro está Boris Johnson, que obteve nestas eleições uma cadeira no parlamento pelo distrito londrino de Uxbridge.

O atual prefeito de Londres, um dos nomes que eram ventilados para substituir Cameron ao término deste mandato, continuará à frente da prefeitura da capital britânica durante o ano que lhe resta de mandato.

Cameron quis reconhecer o peso de Johnson no partido assegurando sua presença nas reuniões do gabinete de governo, apesar de não ter lhe conferido ainda alguma pasta ministerial.

No Ministério da Justiça, Cameron recuperou Michael Gove, que tinha sido excluído da pasta de Educação em julho de 2014.

No núcleo duro do Executivo continuam os colaboradores mais próximos de Cameron, o primeiro deles George Osborne, que seguirá à frente da pasta de Economia e chegou ao “número dois” do gabinete ao ocupar o cargo de primeiro-secretário de Estado, um título simbólico que lhe equipara a um vice-primeiro-ministro, responsabilidade que era até agora do liberal-democrata Nick Clegg.

A segurança interior voltará a estar nas mãos de Theresa May, que liderou na última legislatura a luta contra a radicalização religiosa no Reino Unido e promulgou medidas para evitar o retorno ao país de extremistas que lutaram com os jihadistas no Oriente Médio.

Também continua em seu posto o ministro da Defesa, Michael Fallon, e Philip Hammond, um político de perfil eurocético que liderará as negociações com a União Europeia (UE) à frente do Ministério das Relações Exteriores.

Hammond terá um papel relevante em uma legislatura na qual Cameron se comprometeu a renegociar as relações com Bruxelas antes de convocar um referendo sobre a permanência ou não do Reino Unido no bloco europeu. EFE

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