Campanha da polícia de Nova York no Twitter sai pela culatra

  • Por Agencia EFE
  • 23/04/2014 17h24

Nova York, 23 abr (EFE).- Uma bem intencionada campanha de imagem da polícia de Nova York que convidava a população a enviar imagens sobre sua relação com o departamento em sua conta oficial no Twitter, acabou sendo um fiasco após a publicação de milhares de fotos que mostravam a brutalidade da polícia sobre o cidadão.

Esta campanha pretendia aproximar a polícia da população, mas apesar de não ser da maneira esperada, pelo menos cumpriu o objetivo de repercutir nas redes sociais.

Inicialmente foram compartilhadas imagens amistosas, amigáveis entre cidadãos e policiais, mas a conta @NYPDnews recebeu principalmente fotografias que mostravam policiais agindo violentamente.

A campanha foi parar nos “trending topics” graças à participação em massa de usuários do Twitter que compartilharam a hashtag #myNYPD.

Entre as milhares de imagens compartilhadas é possível ver atos brutais como um policial tomando impulso para bater com o cassetete em um jovem encapuzado.

“Frequentemente nós desempenhamos atividades legais, embora tenham um aspecto horrível”, respondeu o chefe da polícia de Nova York, Bill Bratton, em entrevista coletivanesta quarta-feira.

Puxões de cabelo, sacudidas, chutes, e em outro exemplo, a imagem de um homem ensanguentado de 84 anos enquanto atravessava a rua.

Além das imagens, a ironia e o sarcasmo nos comentários acompanharam os tweets nesta campanha.

“Talvez não saibam, mas a polícia de Nova York não pode ajudar torcendo o pescoço”, explicou um usuário de Twitter ao publicar uma foto que mostra um policial estrangulando um manifestante em Nova York.

Bratton afirmou que a polícia continuará pedindo fotos aos cidadãos e ressaltou que às vezes as fotografias não são o que parecem.

“A polícia de Nova York está criando novos caminhos para se comunicar com a comunidade. O Twitter oferece um fórum aberto para que haja troca sem censura, e diálogo na cidade”, twittou o @NYPDnews ontem às seis das tarde, depois de começarem a aparecer as fotos violentas.

Apesar da alusão, a polícia de Nova York não mostrou em sua conta nenhuma das imagens controvertidas compartilhadas. EFE

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