Campanha eleitoral do Sri Lanka marcada por acusações e troca de partidos
Nova Délhi, 12 dez (EFE).- As acusações de abuso de poder do presidente do Sri Lanka, Mahinda Rajapaksa, e a troca de partidos marcam a campanha para as eleições presidenciais no país, faltando menos de um mês para as eleições, informou nesta sexta-feira a imprensa local.
Em 8 de janeiro, Rajapaksa, no poder desde 2005, tentará renovar pela terceira vez seu mandato, enfrentando o candidato de unidade da oposição, Maithripala Sirisena.
Sirisena, ex-ministro do Governo de Rajapaksa e até há poucas semanas secretário-geral de seu Partido da Liberdade do Sri Lanka (SLFP), assegurou em um comício que se chegar ao poder acabará com as interferências políticas na Justiça, segundo o jornal local “Daily Mirror”.
O antigo parceiro político do presidente assegurou que veredictos judiciais foram mudados com “telefonemas” e acusou ao atual governo de “descarrilar, após começar como um regime de esquerda” em 2005.
O candidato que lidera a Nova Frente Democrática (NDF) de 36 partidos da oposição, incluindo o principal Partido Nacional Unido (UNP), também criticou os privilégios “dos filhos de alguns” que “viajam em helicóptero para montar em um cavalo que foi usado do Reino Unido”.
O até agora secretário-geral da UNP, Tissa Attanayake, assumiu ontem o cargo de ministro da Saúde, após se tornar o último “vira-casaca” da cena política cingalesa.
Rajapaksa, que viajou em plena campanha ao famoso Templo de Tirumala, no sul da Índia, para oferecer suas orações, festejou a mudança de partido de Attanayake, algo que segundo ele conseguiu com “uma xícara de café” e assegurou que o atual chefe da oposição, Ranil Wickremesinghe, faria o mesmo após um café.
Apesar do aparente otimismo do presidente do país, suas opções de renovar seu mandato pela terceira vez se mostram inesperadamente apertadas após a entrada em cena de Sirisena, segundo os analistas.
Rajapaksa conta em seu favor com a vitória em 2009 na guerra contra a guerrilha dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil que durou 26 anos, e que a economia cresce acima de 7%. EFE
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