Campus Party: projeto estimula alfabetização digital de crianças

  • Por Agencia Brasil
  • 01/02/2014 11h28
O que as crianças fazem quando não estão na escola, no período contrário às aulas? Opções não faltam: aulas de natação, balé, cursos de línguas estrangeiras… e por que não programação? Ensinar os pequenos a programar desde cedo é o objetivo do projeto Code Club, que foi apresentado na noite desta sexta-feira (31/1) na Campus Party, em São Paulo.
O Code Club é uma rede mundial criada na Inglaterra, em abril de 2012, que está presente no Brasil desde julho do ano passado e atualmente tem 35 salas em 14 estados de todas as regiões do país. A proposta não tem fins lucrativos e se desenvolve com o trabalho de voluntários, com o objetivo de ensinar crianças a programarem e fazerem seus próprios aplicativos de forma gratuita. Qualquer pessoa pode fazer programação de computadores, de acordo o pedagogo, programador e voluntário da Code Club em Cascavel (PR), Jocemar do Nascimento. “Todos podem aprender, desde que a pessoa tenha a vontade e a paciência para programar. Só é necessário ter uma afinidade”, explica.
O Code Club oferece gratuitamente o material didático para ensinar a programação às crianças. Qualquer instrutor de informática, programador ou pessoa interessada pode se voluntariar para criar um code Club em sua cidade – e não é necessário que o espaço seja dentro de uma escola. No Brasil há, inclusive, um clube de programação do projeto em funcionamento no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.
O foco do projeto é em crianças de 5 a 10 anos, idade de desenvolvimento na qual, segundo o pedagogo, a absorção de informação é maior, e é possível obter resultados rápidos. Os alunos participantes, quando se identificam com a programação, apresentam melhoras significativas em todo o desempenho escolar. “Para programar ele vai ter que ler, que desenvolver o raciocínio lógico, que pesquisar um tema. Para isso acontecer ele vai se aprimorar em outras áreas”, acredita Jocemar.
Para o também voluntário Márcio Pires, o projeto oferece a oportunidade de fazer atividades interdisciplinares. “É um trabalho transversal. Com a programação você pode usar da matemática à língua portuguesa. Com disciplinas como história e geografia você pode pegar pontos e fazer uma ligação”, defende.

 

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