Canadá nega que família de menino sírio tenha pedido refúgio no país

  • Por Agencia EFE
  • 04/09/2015 01h19

Toronto (Canadá), 3 set (EFE).- O governo canadense negou nesta quinta-feira que a família de Aylan Kurdi, o menino de três anos que morreu afogado no litoral da Turquia fugindo da Síria, tenha pedido refúgio no Canadá ou que Ottawa tenha oferecido asilo após a tragédia a seu pai, Abdullah Kurdi.

O ministro de Imigração do Canadá, Chris Alexander, declarou hoje à emissora pública canadense “CBC” que Abdullah Kurdi não solicitou refúgio, mas que sua irmã, Tima Kurdi, que vive no Canadá, pediu ajuda para saber como apoiar seu pedido de refúgio.

Alexander também negou que funcionários canadenses tenham oferecido asilo no Canadá ou a cidadania canadense a Abudllah Kurdi, o único sobrevivente da tragédia na qual morreram seus dois filhos e sua esposa.

O ministro de Imigração assinalou que seu departamento recebeu uma solicitação de refúgio para o irmão de Abudllah e Tima, Mohammad, mas que Ottawa a rejeitou porque faltava um documento.

Em março deste ano, um deputado do opositor Novo Partido Democrático (NPD) entregou a Alexander uma carta de Tima Kurdi na qual solicitava ajuda e informação para que seus dois irmãos e suas famílias pudessem chegar como refugiados ao Canadá.

Durante um emotiva entrevista coletiva em sua casa de Coquitlam, no oeste do Canadá, Tina Kurdi declarou que as normas não lhe permitiam promover a chegada de seus dois irmãos, razão pela qual apresentou primeiro a solicitação de refúgio de Mohammad.

O governo canadense recebeu duras críticas no último ano pela lentidão com a qual está processando os pedidos de asilo de refugiados sírios.

Desde meados de 2013, o Canadá aceitou 1.060 refugiados sírios, embora hoje o ministro de Imigração tenha afirmado que o número tinha aumentado a mais de 2.000 nas últimas semanas.

O governo do primeiro-ministro canadense, o conservador Stephen Harper, também foi criticado pela limitada cota de refugiados sírios que se comprometeu a aceitar.

Em resposta às críticas, Ottawa se comprometeu a aceitar 10.000 refugiados sírios nos próximos três anos e Harper assegurou que, se vencer as eleições gerais do próximo dia 19 de outubro, o número aumentará em outros 10.000. EFE

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