Toronto (Canadá), 3 out (EFE).- O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, anunciou nesta sexta-feira o envio de aviões de combate ao Iraque durante um prazo máximo de seis meses para combater o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Harper disse ao Parlamento que o Canadá mandará até seis caças-bombardeiros CF-18 Hornet, um avião-tanque para o reabastecimento em voo, dois aviões Aurora de vigilância e o pessoal necessário para sua operação.
Além disso, o Governo canadense estenderá a missão de até 69 membros das forças especiais que estão operando no norte do Iraque em apoio às forças locais que lutam contra o EI.
Em uma moção apresentada à Câmara Baixa do Parlamento, o Executivo canadense assinalou que Ottawa não enviará forças terrestres para lutar contra o EI, e que a missão será limitada a um máximo de seis meses.
A moção que autorizará o envio dos aviões de combate será votada na segunda-feira.
Os dois principais partidos da oposição, o social-democrata Novo Partido Democrático (NPD) e o Partido Liberal (PL), assinalaram que rejeitarão o desdobramento militar.
Os aviões de combate canadense só operarão no Iraque porque as autoridades do país autorizaram o desdobramento de militares estrangeiros em sua luta contra o EI.
Harper assinalou que o Canadá não combaterá o EI na Síria porque Damasco não autorizou os bombardeios.
Em todo caso, o governante Partido Conservador de Harper conta com a maioria absoluta no Parlamento, por isso que o envio ao Iraque será aprovado.
Harper justificou a missão de combate com o argumento de que, “se não for confrontada, esta ameaça terrorista crescerá rapidamente”.
“Como Governo, sabemos que nossa maior responsabilidade é proteger os canadenses e defender nossos cidadãos daqueles que querem infligir algum prejuízo”, acrescentou o primeiro-ministro. EFE