Candidatos colombianos discordam com cessar-fogo anunciado por guerrilha
Bogotá, 16 mai (EFE).- Os candidatos presidenciais colombianos mostraram nesta sexta-feira posições encontradas com relação ao cessar-fogo unilateral anunciado pelas guerrilhas por ocasião das eleições do dia 25 de maio, que para alguns é um engano e para outros um alívio ou um direito.
O mais crítico foi o candidato do uribista Centro Democrático, Óscar Iván Zuluaga, que qualificou de “brincadeira” a decisão das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN), anunciada nesta sexta-feira em Havana e com vigência entre 20 e 28 de maio.
“Eu acho que isto é uma brincadeira para o país”, declarou à rádio “RCN” o candidato do partido do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010).
De forma totalmente oposta se expressou a candidata esquerdista do Polo Democrático Alternativo (PDA), Clara López, que comemorou a decisão e inclusive pediu à polícia que se some a essa iniciativa.
“Em boa hora chega essa notícia para o país e eu tenho que comemorá-la porque é algo que viemos solicitando e exigindo há algum tempo”, disse López aos meios de imprensa.
“Esta cessação unilateral ao fogo, pelo menos em oito dias, permite algo de tranquilidade no processo de eleições e esperemos que haja reciprocidade por parte da Polícia”, disse.
O candidato presidencial da Aliança Verde, Enrique Peñalosa, afirmou que o cessar fogo “é um gesto positivo porque mostraria que têm um mínimo de interesse em buscar algum apoio na opinião colombiana”, afirmou também à “RCN”.
O governo de Santos e as Farc realizam desde novembro de 2012 um processo de paz que procura terminar com 50 anos de conflito armado na Colômbia.
E o Exército de Libertação Nacional (ELN), a segunda maior guerrilha que opera no país, expressou em diferentes ocasiões sua intenção de iniciar um diálogo com o governo. EFE
mlb/ma
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