Candidatos republicanos dos EUA prometem pôr fim a acordo nuclear com Irã

  • Por Agencia EFE
  • 07/08/2015 00h59

Washington, 6 ago (EFE).- Todos os 17 pré-candidatos das primárias republicanas nos Estados Unidos se opuseram em bloco nesta quinta-feira ao acordo nuclear com o Irã nos dois primeiros debates das eleições de 2016 e prometeram pôr fim a esse pacto imediatamente se chegarem à Casa Branca.

Tanto no debate principal, com os dez candidatos mais populares, como no dos sete menos bem posicionados nas enquetes, o assunto do acordo nuclear com o Irã quase não provocou discussão, já que todos se opõem sem rodeios ao pacto.

“O Irã não é um lugar no qual deveríamos negociar. Em meu primeiro dia na Casa Branca eu poria fim ao acordo nuclear, pediria ao Congresso mais sanções e convenceria nossos aliados a fazer o mesmo”, disse Scott Walter, governador de Wisconsin e terceiro colocado nas pesquisas.

“Este acordo é ruim em relação ao Irã e também em relação ao Estado Islâmico. Tudo está conectado. É um exemplo da política fracassada de Obama”, acrescentou Walter no debate principal, transmitido pela emissora “Fox” em horário nobre.

O ex-governador da Flórida e segundo colocado nas enquetes, Jeb Bush, afirmou que, para honrar os que morreram na Guerra do Iraque (2003-2011), iniciada por seu irmão e ex-presidente George W. Bush, se deve eliminar o acordo com o Irã e combater os jihadistas do EI “com todas as ferramentas possíveis”.

Na mesma linha se pronunciou o ex-governador de Arkansas, Mike Huckabee, que assegurou que a ferrenha oposição republicana ao acordo nuclear não é partidária, pois o desacordo radica em que Obama “não conseguiu nada e o Irã conseguiu tudo”.

A única ressalva foi feita pelo senador por Kentucky e político libertário, Rand Paul: “Não acredito que o presidente Obama negociasse de uma posição de força, mas eu não me recuso a negociar, o que aconteceu com ele é que ofereceu muito e em muito pouco tempo”.

Como ficou patente hoje nos debates, os pré-candidatos presidenciais conservadores, assim como os republicanos do Congresso, se opõem radicalmente ao acordo alcançado em julho em Viena entre o Irã e as potências do Grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, Reino Unido, França mais Alemanha). EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.