Cantareira atinge 22,6% e sai do volume morto após 19 meses
O Sistema Cantareira abrange seis reservatóriosSistema Cantareira
Depois de 19 meses utilizando o volume morto, água que fica abaixo do nível de captação das comportas, o Cantareira atingiu nesta quarta-feira (30) o seu volume útil.
Hoje o nível subiu de 22,4% para 22,6%, percentual que corresponde à quantidade de água que existe no sistema em relação à sua capacidade total, incluindo as duas cotas do volume morto.
Após altas seguidas durante quase um mês, o índice do sistema aumentou 7,5 pontos percentuais. Os dados são disponibilizados pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Entre ontem e hoje, o Cantareira recebeu 5,4 milímetros de chuva. A quantidade acumulada ao longo do mês foi de 258,2 milímetros, superior à média histórica para dezembro, que é de 219,4 milímetros.
Em maio de 2014, o volume morto começou a ser usado por causa da escassez de chuva e da queda acelerada do índice do Cantareira. À época, o governo de São Paulo começou a captar água dessa reserva que nunca tinha sido usada antes.
A decisão gerou críticas de especialistas, que questionaram a qualidade dessa água e alertaram para os danos que essa medida poderia causar ao meio ambiente. Com o agravamento da crise, uma segunda cota do volume morto passou a ser usada em outubro do mesmo ano.
O Cantareira é responsável atualmente pelo abastecimento de 5,2 milhões de moradores da Grande São Paulo. Antes da crise, o sistema fornecia água para 8,8 milhões de pessoas na região. Parte dessa população passou a receber água de outros sistemas.
Apesar de não precisar recorrer mais ao volume morto do Cantareira a partir de hoje, a situação do abastecimento de água na Grande São Paulo ainda é considerada crítica em comparação com o cenário de dois anos atrás.
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