Cantareira completa 40 dias de altas, mas chuva segue abaixo do esperado

  • Por Agência Estado
  • 11/01/2016 14h25
05/08/2014- São Paulo- SP, Brasil- O prazo de atividades do Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema Cantareira foi prorrogado para 31 de outubro de 2015. A prorrogação da vigência do GTAG-Cantareira considera a atípica situação de escassez de chuvas no Sudeste entre janeiro e julho. Este contexto climático tem resultado em vazões inferiores aos menores valores observados no histórico de monitoramento da bacia do rio Piracicaba, onde estão os principais reservatórios de regularização de vazões do Sistema Cantareira, responsável por parte do abastecimento de água das regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas. Foto: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas (05/08/2014) Sistema Cantareira

Considerado o principal sistema hídrico de São Paulo, o Cantareira registrou mais uma alta aumento no volume armazenado de água e completou 40 dias só com aumentos, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta segunda-feira, 11. O nível de todos os outros mananciais também subiu, exceto o do Rio Claro.

Responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas na capital e na Grande São Paulo, o Cantareira subiu 0,2 ponto porcentual. Os reservatórios do sistema operam com 32,6% da capacidade, ante 32,4% no dia anterior, de acordo com o índice tradicionalmente divulgado pela Sabesp, que considera o volume morto como se fosse volume útil do manancial.

Com a nova alta, o Cantareira completou 40 dias registrando aumentos consecutivos. A última vez que o manancial ficou estável foi em 2 de dezembro, com 19,6%. No período, o sistema subiu 13 pontos porcentuais. Já a última queda foi em 22 de outubro, quando os reservatórios caíram de 15,7% para 15,6%.

Embora tenha registrado aumento em todos os dias de 2016, as chuvas sobre a região estão aquém do esperado. A pluviometria do dia foi de 6,6 milímetros, o que elevou o valor acumulado de chuva para 51,1 mm até o momento. O índice representa apenas 54,6% do volume esperado no período, caso a média histórica de 8,5 mm por dia em janeiro estivesse se repetindo.

Outros fatores, como a diminuição da retirada de água do sistema pela Sabesp, o racionamento e a redução do consumo, ajudam a explicar a recuperação gradual do Cantareira, que saiu do volume morto no final de 2015. A situação do sistema, no entanto, ainda é considerada crítica. Segundo o índice que calcula a reserva profunda como volume negativo, o manancial está com apenas 3,3% da capacidade. Já o terceiro índice está em 25,2%.

Outros mananciais

Atual responsável por atender o maior número de clientes da Sabesp (5,8 milhões), o Guarapiranga subiu pelo segundo dia. Os reservatórios estão com 85,8%, ante 84,3% no dia anterior. O aumento foi de 1,4 ponto porcentual.

O Alto Tietê subiu 0,7 ponto porcentual, passando de 25,7% para 26,4%, já considerando um volume morto acrescentado ao cálculo no final de 2014.

O Alto Cotia e o Rio Grande subiram 1,3 e 1,5 ponto, respectivamente, e operam com 93,5% e 96,5%. Já o Rio Claro foi o único a ficar estável, com 76,1%.

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