Cantareira deixa de ser principal sistema de abastecimento de SP
Vista da represa de Atibainha
Vista da represa de AtibainhaCom seguidas reduções em sua capacidade de abastecer a Grande São Paulo, o Sistema Cantareira deixou de ser, em fevereiro – pela primeira vez desde a sua criação, em 1973 – o principal “produtor” de água da região metropolitana de São Paulo, posto assumido agora pelo Sistema Guarapiranga.
Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), em fevereiro de 2015, o Cantareira produziu, em média, 14,03 metros cúbicos por segundo (m³/s) de água, ante 14,49 m³/s do Guarapiranga, seguidos pelo Sistema Alto Tietê, que entregou 11,04 m³/s de água no período.
Na comparação entre fevereiro de 2014 e fevereiro de 2015, a retirada de água do Cantareira teve uma redução de 56%, o que significa uma diminuição de 17,74 m³/s este ano – volume suficiente para abastecer aproximadamente 5,3 milhões de pessoas durante um mês. De acordo com a Sabesp, o Cantareira, que antes do início da crise de abastecimento atendia a 8,8 milhões de pessoas, hoje produz água para cerca de 6,2 milhões de clientes.
O nível do Sistema Cantareira, que já havia subido no fim de semana para 12,3%, chegou hoje (9) a 12,9% do reservatório. Desde ontem (8), choveu 31 milímetros (mm) nas represas que formam o sistema. A média pluviométrica para março é de 178 mm. Os outros reservatórios da região metropolitana de São Paulo também registraram elevação nesta segunda-feira. No Guarapiranga, o nível passou de 67,7% para 69,3%. Já o nível de armazenamento no reservatório do Alto Tietê alcançou 19,7%, ante 19,1% no dia anterior.
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