Cantareira sobe dois décimos, mas permanece na segunda cota do volume morto
Vista desta semana da represa do Atibainha
Vista desta semana da represa do AtibainhaO nível de água do sistema Cantareira subiu dois décimos de pontos percentuais deste sábado para domngo, de 7,1% de sua capacidade máxima para 7,3%. Não somente as chuvas têm ajudado na lenta recuperação do nível da represa, que ainda está crítico, já que utiliza a segunda cota do volume morto. Mas também as medidas da Sabesp, que desloca água de outros reservatórios para manter o Cantareira, sistema que abastece mais de 6 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo.
Em fevereiro, o Cantareira não teve redução de seu reservatório. Em apenas dois dias, o nível ficou estável; nos outros, aumentou, voltando à altura de água de meados de dezembro passado.
Os demais reservatórios, menores que o Cantareira em capacidade de abastecimento, também subiram. O Alto Tietê, segundo sistema que mais sofre com a estiagem, foi de 13,7% para 14,1%. O Guarapiranga subiu de 55% para 55,2%.
Rio Grande (80,7%), Rio Claro (32,1%) e Cotia (34,4%) também aumentaram. O alto nível do Rio Grande, porém, não resolve o problema de São Paulo, explica o repórter Thiago Uberreich. Isso porque ele abastece mais de cinco vezes menos pessoas que o Cantareira, e na região do ABC.
Além disso, os sistemas e reservatórios não são interligados, algo que a Sabesp procura fazer para enfrentar as próximas crises hídricas. Pode sair até maio obra que aumenta a capacidade do Alto Tietê, por exemplo, com água de outros mananciais.
Política
Em três semanas, o Governo estadual, junto ao comitê da crise, que envolve a prefeitura da capital e de outros municípios, elaborará um plano de contingência para a eventual necessidade de um racionamento, não descartado.
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