Capacidade instalada da indústria estabelece novo recorde de ociosidade do setor
A Capacidade instalada da indústria cai para 77,9% em agosto e estabelece novo recorde de ociosidade do setor. As horas trabalhadas na produção recuaram pelo sétimo mês consecutivo. Segundo o levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria, a queda foi de 0,8 ponto percentual entre julho e agosto.
O gerente-executivo de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, acentua que não há perspectiva de reversão do quadro em curto prazo: “Todas as expectativas quando olhamos os dados da sondagem industrial e comparamos os levantamentos, é que não há sinalização de mudança de trajetória. O quadro em geral é bastante grave com destaque sem dúvida para o nível de utilização da capacidade instalada, que atinge em agosto de 2015 o nível mais baixo, ou seja, a maior ociosidade que a gente tem em nosso levantamento desde 2012”.
Apesar da estagnação no uso da capacidade instalada, o faturamento cresceu 0,7% de julho para agosto. Falando ao repórter Daniel Lian, o economista da Confederação Nacional da Indústria, Fábio Guerra explica que esta alta é tímida e não reflete a situação atual. “O nível atual é 7,2% menor do que há dois meses. Quando olhamos o estado parcial do ano, ou seja, a média de janeiro a agosto deste ano em relação a média do mesmo período do ano passado, é indicada uma queda de 6,6% em 2015”.
Fábio Guerra acrescenta que simulações realizadas pela CNI apresentam um quadro mais desanimador. O economista espera queda ainda maior do faturamento do setor até o fechamento do ano.
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